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André Conti

Jogando no Mac

A App Store brasileira começou a vender jogos, e aqui vai um pequeno guia do que de melhor há por lá

Quem joga e teve Mac durante a década de 90 sabe o que é dureza. A ausência de títulos para o sistema sempre foi um dos argumentos mais notórios contra a plataforma. Com a mudança para a arquitetura Intel, esperava-se que a situação fosse remediada.

Ainda que a parcela de jogos de PC disponíveis no Mac seja ínfima, a situação já é outra. Para os brasileiros, a melhor opção era a loja on-line Steam, que disponibiliza os jogos da Valve, como o clássico "Half-Life 2" e a série "Portal". Mas, para comprar na App Store, era necessário usar cartão de crédito de endereço estrangeiro ou "gift cards".

Há umas semanas, sem muito alarde, a App Store passou a vender jogos na loja brasileira. Alguns títulos disponíveis lá fora, como "Knights of the Old Republic" e "Bioshock 2", ainda não apareceram, mas já dá para se divertir. Fiz este pequeno guia para elencar os quatro títulos que acho mais bacanas.

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"Bastion" (US$ 14,99): Um dos meus jogos favoritos da geração atual. Neste RPG de ação, você controla o Garoto, que precisa reconstruir sua terra natal após uma calamidade qualquer. Para além dos gráficos maravilhosos e de um sistema de combate afinado, o grande barato de "Bastion" é o narrador. Em vez de repetir um texto fixo, ele vai descrevendo suas ações conforme elas acontecem, num misto de cinismo e desdém que deixa GlaDOS, a vilã de "Portal", no chinelo.

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"Crusader Kings" (US$ 19,99): Esqueça "Civilization 5". Ainda que meio caro para um título de 2004 (e que já teve uma continuação no PC), "Crusader Kings" é o melhor jogo de estratégia da App Store. Como em todos os títulos da Paradox Interactive, "CK" combina complexidade e liberdade, o que faz dele uma espécie de simulador de história alternativa. O jogador controla uma dinastia da Idade Média e a conduz de 1066 a 1452, enquanto planeja assassinatos, usurpa tronos e comanda uma horda de súditos (todos com anseios, problemas etc.).

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"Psychonauts" (US$ 9,99): Depois do sucesso em adventures como "Day of the Tentacle" e "Full Throttle", Tim Schafer resolveu mirar um público maior, que não usasse só computadores. Nasceu "Psychonauts", jogo de plataforma e quebra-cabeças lançado nos consoles da geração passada. Você controla Raz, um agente secreto psíquico em treinamento, cujos colegas tiveram os cérebros sequestrados. Sua missão é resgatá-los, e cada fase se passa na mente de um personagem, onde o cenário reflete seus medos, manias, desejos etc.

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"Botanicula" (US$ 9,99): Se for para escolher um jogo da lista, pegue este. "Botanicula" foi feito pela Amanita Design, a mesma de "Machinarium". O espírito é o mesmo do antecessor: um adventure com cenários lindos, quebra-cabeças perversos e quase nenhum diálogo ou texto. O objetivo é conduzir cinco criaturazinhas pela floresta, enquanto elas tentam escapar de uma invasão parasita. A graça está nas centenas de objetos com que se pode interagir e nas animações estupendas que resultam de cada ação. Sairá também para iPad, onde deve funcionar ainda melhor.

folha.com/jogatina

@andre_conti

LULI RADFAHRER
Escreve neste espaço na próxima edição. Leia a coluna desta semana em www.folha.com/luliradfahrer

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