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Gadget é bom para consumir conteúdo, mas não para criá-lo Aparelho oferece mobilidade, mas não livra usuário do computador Para atividades mais complexas, como produção musical e desenho arquitetônico, tablet ainda é limitado MARCO ZANNICOLABORAÇÃO PARA A FOLHA Antes do iPad, Simone Vizioli, 44, gastava folhas e mais folhas de papel-manteiga com desenhos arquitetônicos sobrepostos. Depois, escaneava-os e terminava o trabalho no computador, em programas como o AutoCAD. Hoje, o redesenho acontece em camadas virtuais numa versão do Photoshop para o iPad. Só tem um problema: ela ainda precisa de um PC para finalizar o projeto. O caso de Simone é um exemplo de como os tablets são ótimos para consumo de informações, mas ainda têm muitas limitações para quem quer produzir conteúdo. "Para mim, o tablet é um caderno de rabiscos. Um Moleskine de luxo", resume a pesquisadora do grupo Elac (Estudos de Linguagem em Arquitetura e Cidade), da Universidade de São Paulo. Apesar de achar incrível registrar ideias ao ar livre, ela reclama da falta de integração entre programas e da baixa precisão da tela. "Por isso, e pelo poder de processamento limitado, acho improvável que o iPad substitua o computador. Deverá ser uma extensão dele." PRODUÇÃO MUSICAL Um complemento para o micro e também para teclados, flautas e afins. É assim que Marcus Padrini, 30, enxerga seus dois iPads. Com alguns acessórios, o autor do blog musicapps.com.br conecta instrumentos aos dispositivos e grava composições onde estiver. A mobilidade e a vastidão de programas transformam os aparelhos em mesas de som. Registrar canções e produzi-las usando um tablet, no entanto, não é fácil. "Os programas não conversam, e, como o hardware não tem a capacidade de processamento de um PC, renderizar músicas complexas pode ser um processo demorado." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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