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"Jobs queria aplicar religião ao comércio"

COLUNISTA DA FOLHA

A pesquisa e a produção do texto de "O Zen de Steve Jobs" ficaram a cargo de Caleb Melby, um jovem colaborador da "Forbes" que começava a vida no jornalismo econômico. Melby, 22, não conhecia a carreira de Jobs nem o budismo.

Trabalhou no livro enquanto cursava a North-western University, onde se graduou em jornalismo e marketing em dezembro passado. Aqui ele fala sobre a construção de "O Zen de Steve Jobs". (RL)

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Folha - Quem é o Steve Jobs que você descobriu em sua pesquisa?

Caleb Melby - Ninguém descreve Steve como um sujeito calmo ou compreensivo. Ele podia ser babaca e prepotente na empresa, exigente nos assuntos pessoais. Sabia e conseguia o que queria. Esse estilo focado permitiu que ele transformasse a Apple em uma empresa magnífica. Mas, honestamente, sua personalidade é contraditória com a de muitos seguidores da fé que disse abraçar, o zen-budismo.

Que contradição é essa?

A tensão que se desenvolve na relação entre Steve e o monge Kobun é ligada ao que cada um pretende do zen-budismo. Kobun busca paz, iluminação e ajuda para enfrentar seus demônios pessoais. Steve quer um jeito de pensar que possa aplicar ao desenvolvimento e à comercialização em massa de produtos de consumo.

Você define o livro como uma "reimaginação" da história. Quão perto da realidade você acredita estar?

Pegamos o material de reportagem e o transformamos em uma história. Não é, portanto, uma biografia. Sabemos em linhas gerais o desenrolar da amizade de Kobun e Steve, quando eles estiveram mais próximos, quando estiveram mais distantes. E reconhecemos os aspectos do design japonês que marcam os produtos da Apple.

Nós só sabemos das conversas públicas entre eles, enquanto o grosso do livro trata de suas interações privadas. Os diálogos são uma licença poética.

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