Bom aparelho, Xperia S usa versão antiquada do Android

O Xperia S, da Sony, é um bom celular, mas poderia ser excelente.

Como? Se viesse com Android 4.0, a versão mais recente do sistema do Google, e não com a antiquada 2.3, lançada num longínquo dezembro de 2010.

A caixa do aparelho traz um adesivo com os dizeres "Android 4.0 ou atualizável".

O site da Sony diz que a atualização está "planejada para o segundo trimestre de 2012", que termina daqui a 12 dias.

Até lá -se a empresa cumprir a promessa, é claro-, proprietários do Xperia S não poderão desfrutar dos melhores recursos do Android 4.0, como o sistema multitarefa que mostra miniaturas dos aplicativos abertos, e das excelentes versões móveis mais recentes do navegador Chrome e do Gmail, compatíveis apenas com a última geração do sistema do Google.

Com 4,3 polegadas e 1.280x720 de resolução, a tela tem definição excelente e tamanho razoável, uma raridade em tempos de smartphones descomunais.

O desenho do Xperia S é muito elegante, mas há deslizes como a frágil porta de borracha que protege a entrada do carregador e do cabo USB e a má localização do botão de ligar, no canto superior esquerdo, de difícil acesso.

Se não são inspiradas, as modificações da Sony no Android não chegam a incomodar, fora a inexplicável remoção da opção de ajustar o brilho da tela automaticamente.

RELÓGIO INTELIGENTE

Outro lançamento da Sony no Brasil é o SmartWatch, relógio de pulso inteligente que se conecta a celulares com Android da empresa e de outras marcas.

Na teoria, o acessório é muito conveniente: sem precisar tirar o telefone do bolso, dá para controlar a reprodução de música, ver quem está ligando e ler mensagens de texto -outras funções podem ser ativadas por meio do download de pequenos apps.

Na prática, porém, o relógio tem falhas que tornam impossível justificar seu altíssimo preço (R$ 599): a definição da tela é baixa demais e a resposta ao toque falha com muita frequência.