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Bancos começam a adotar identificação biométrica

Cliente é reconhecido em caixa por impressão digital ou pela palma da mão

Cinco das principais instituições do país já têm sistemas; um dos bancos afirma que há 9 milhões de usuários

MARINA LANG
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Parece enredo de um episódio do desenho futurista "Os Jetsons", mas usar a palma das mãos, a retina ou a impressão digital como documento de identificação ou para pagar uma conta de restaurante talvez não esteja tão longe assim.

Os passos iniciais já estão acontecendo nos bancos brasileiros, cujos sistemas estão incorporando atendimento com identificação biométrica a caixas eletrônicos já ativos em diversas partes do Brasil.

Ainda não há dados concretos sobre a adoção da identificação biométrica no sistema bancário no país, mas um dos bancos consultados pela Folha afirmou que 9 milhões de clientes já são usuários da tecnologia.

Caso do publicitário Guilherme Marconi, 23, que afirma: "Eu espero que bancos, catracas e outros acessos sejam aprimorados com isso -e que dispensem assim senhas, letras, cartões com códigos variáveis e outros que burocratizam a vida". Na avaliação de Marconi, a tecnologia funciona muito bem.

"Uso a identidade biométrica desde julho do ano passado, quando o Bradesco implantou essa tecnologia. Tive poucas experiências falhas, em que não houve erro do sistema, e sim mau posicionamento da mão. Nada que, em uma segunda tentativa, não desse certo", afirma.

"Acredito que seja muito difícil clonarem minha identidade biométrica como se clona cartão. Uma coisa dessas só é possível em filmes como 'Jogos entre Ladrões'", brinca.

CAÇADA

Mas nem todo o mundo se deu tão bem assim com a biometria nos bancos. "Já tive dias de ter que caçar caixas eletrônicos diferentes porque não conseguia realizar a biometria com sucesso. E, consequentemente, não conseguia realizar nenhuma operação. Pelo menos uma vez por mês isso acontece", diz a recepcionista bilíngue Taynah Mazak, 22.

"Não cheguei a contatar o banco, até pensei em tentar cancelar o recurso da biometria, mas sabe como é: o desgaste físico de esperar em filas ou ficar pendurada no telefone para ver essa possibilidade desmotiva", afirma.

"Entre essas tentativas de leitura falha ou não da biometria, posso dizer que se passaram em torno de uns cinco a oito minutos. E, para quem precisa usar o caixa com rapidez, pode-se dizer que é muito tempo", observa.

Divulgada em junho, a projeção "Next Generation Biometric Technologies Market" [mercado de tecnologias biométricas da próxima geração] indica que o mercado da biometria deve movimentar US$ 13,87 bilhões em 2017, com crescimento anual de 18,7%.

As aplicações desse tipo de identificação não se restringem aos bancos -podem ser usadas em diversos segmentos, como governo, sistemas de saúde e departamentos de imigração.

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