Ultrabooks ainda representam parte pequena do mercado de PCs

Pouco mais de um ano depois do anúncio dos ultrabooks (na feira Computex de 2011) e da estipulação de uma meta para lá de ambiciosa de 40% do mercado de computadores até o fim de 2012, qual a real situação desse laptop ultracompacto?

Ainda comedida, segundo consultorias especializadas em medição de vendas em tecnologia -uma delas, a Gartner, põe a fatia de ultrabooks correspondente a apenas 5% do mercado até o final deste ano.

A mesma empresa de pesquisas indica que 500 mil ultrabooks foram vendidos na primeira metade de 2012. Bem abaixo das expectativas iniciais, o número aponta que a penetração dos laptops ultracompactos ainda está entre os "early adopters" (pioneiros no uso de tecnologias).

"[Eles] tiveram um volume de vendas pequeno e pouco impacto no crescimento global de vendas [de notebooks]", diz o texto do relatório, referindo-se às vendas do 2º trimestre de 2012.

A Gartner atribui esse "desinteresse" ao fato de que o olhar do consumidor está voltado a outras bugigangas tecnológicas, como smartphones e tablets.

Discurso similar foi dado pela IDC: os ultrabooks ainda não decolaram no último trimestre, e os consumidores estão hesitantes em comprá-los em um cenário de transição tecnológica -sobretudo devido ao lançamento do Windows 8, cuja data está marcada para o dia 26 de outubro.

Ainda assim, a projeção anual para as vendas de computadores é timidamente boa: 4,4% de aumento em relação ao ano passado, número que significa um total de 368 milhões de unidades compradas em 2012, segundo outra projeção da Gartner.

"A real questão é se os ultrabooks e o Windows 8 vão criar uma oferta irresistível que deixe os consumidores entusiasmados com os PCs novamente", diz o relatório.

A própria dona da marca ultrabook projetou vendas moderadas de computadores: a Intel, que fabrica chips para 80% dessas máquinas no mundo, reduziu o valor da receita que espera arrecadar no terceiro trimestre.

Nas vendas de 2012, a consultoria NPD Group projetou números favoráveis de ultrabooks nos Estados Unidos.

Modelos com Windows acima de R$ 700 corresponderam a 11% de todas as vendas de varejo nos primeiros cinco meses do ano.