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Teste Folha

Definição da tela é o grande trunfo do novo MacBook Pro

Laptop da Apple tem a melhor imagem, mas é caro demais

Dificuldade de atualizar componentes de hardware (upgrade) deve desagradar a usuários mais avançados

EMERSON KIMURA
DE SÃO PAULO

Em 2010, a Apple lançou o iPhone 4, seu primeiro produto com tela Retina -marca que ela passou a usar para telas com densidade de pixels tão alta que, teoricamente, deixa-os indistinguíveis para o olho humano.

Depois do iPod e do iPad, a Retina chega ao MacBook Pro e coloca um dos melhores laptops do mercado em um patamar acima dos outros quando o assunto é tela.

Com 2.880 x 1.800 pixels em 15,4 polegadas, sua resolução é maior do que a de 2.560 x 1.600 de monitores de 30 polegadas. O número de pixels é quatro vezes maior do que o do MacBook Pro comum com tela do mesmo tamanho, que tem 1.440 x 900. Com isso, a tela Retina pode exibir gráficos muito mais nítidos.

Mas ela não traz só maravilhas. Há pelo menos dois problemas relacionados ao desempenho -não ao que ele oferece, mas ao que ele exige.

Para a tela exibir imagens nítidas e com movimentação fluida, é necessário existir conteúdo e poder de processamento à altura. Mas há carências nos dois quesitos.

Em conteúdo, faltam mais aplicativos e sites adaptados para a alta densidade de pixels. Muitas imagens aparecem borradas ou embaçadas.

E o hardware atual não é capaz de oferecer uma experiência fluida. Tarefas que exigem processamento gráfico intenso, como executar um game de última geração ou mesmo rolar uma página da web mais pesada, não raro provocam engasgos.

Além disso, embora essa tela emita menos reflexos do que outras com acabamento brilhante, uma superfície fosca ainda é a melhor solução para quem deseja um visual com menos distrações e uma imagem melhor sob a luz do Sol -mas ela é oferecida apenas nos modelos sem Retina.

ATUALIZAÇÃO DIFÍCIL

Também deve desagradar a usuários mais avançados -exatamente o público-alvo do notebook- a dificuldade de fazer atualização (upgrade) das peças de hardware.

A memória soldada e a bateria colada praticamente impossibilitam trocá-las, e a unidade de armazenamento usa um formato proprietário.

Assim, ao comprar um MacBook Pro com Retina, escolha a melhor configuração que seu bolso permitir. E, se quiser usar drive óptico, terá que comprar um externo.

Apesar dos engasgos, o desempenho geral é bom, principalmente em tarefas que não dependem de processamento gráfico. A inicialização é rápida -normalmente leva menos de 20 segundos.

A construção é muito sólida e resistente, mas algumas áreas ficam muito quentes quando há um uso intensivo.

O teclado parece mais raso do que o de outros modelos da Apple, o que pode incomodar. O touchpad, como de praxe, é imbatível.

O ponto mais fraco do laptop é seu preço. Por R$ 9.999, você leva 256 Gbytes de armazenamento, e é necessário pagar mais R$ R$ 1.750 para ter 512 Gbytes, por exemplo.

Se você procura um computador novo, não usa muito o Windows e faz questão de ter o laptop com a melhor tela do mercado, o MacBook Pro com Retina é a opção certa.

Pelo preço e pelos problemas que apresenta, porém, pode valer mais a pena esperar pela próxima geração.

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