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Teste Folha

Tela ruim e preço alto comprometem ultrabook da Acer

Mais fino e mais leve do que rivais, Aspire S5 apresenta bom desempenho de processamento

EMERSON KIMURA
DE SÃO PAULO

Muito fino e leve, o Aspire S5 é o melhor ultrabook da Acer no mercado. Seus grandes destaques são justamente a espessura (1,5 cm) e o peso (1,2 kg) -nos dois quesitos, ele vence o MacBook Air, da Apple (1,7 cm e 1,35 kg) e perde de pouco do Série 9, da Samsung (1,29 cm e 1,16 kg).

Isso mostra como a Acer investiu no design do S5. Mas há fraquezas na construção -a carcaça apresenta fragilidade em alguns pontos, como a superfície atrás da tela, e fica suja com facilidade.

O que mais chama a atenção no corpo é o MagicFlip, um painel retrátil na parte inferior traseira do laptop. Nele ficam as portas Thunderbolt, USB 3.0 e HDMI, além de dutos de ventilação. Quando fechado, ele fica dentro do laptop; quando aberto, eleva a traseira e a tela do aparelho.

A única vantagem aparente do MagicFlip é diminuir a espessura do notebook quando nenhuma porta é usada. De resto, ele acrescenta peso e -o mais preocupante- um item para quebrar. Imagine o trabalho para consertar um componente tão singular.

Mais questionável que o MagicClip é a tela de baixa qualidade. Sua resolução é de apenas 1.366 pixels x 768 pixels -o Samsung Série 9 tem 1.600 x 900, quase 400 mil pixels a mais em uma tela do mesmo tamanho. Com isso, os pixels ficam muito visíveis. Nível de contraste, reprodução de cores e ângulo de visão são típicos de telas de notebooks mais baratos.

É difícil entender uma tela tão ruim em um produto dessa categoria -e em um mercado que vê laptops com painéis cada vez melhores.

O resto do notebook é mediano. O teclado não tem muita firmeza e às vezes falha em digitações mais leves. O touchpad não funciona bem com alguns gestos, como a pinça com dois dedos para o zoom.

O desempenho geral do S5 é bom -ele suporta bem o uso moderado de diversos aplicativos ao mesmo tempo e reproduz sem problemas vídeos em alta definição, mas não é recomendável para rodar games com gráficos 3D complexos. A qualidade do áudio é típica de um laptop.

A duração da bateria, nos testes da Folha, foi de quatro a cinco horas em tarefas moderadas -navegação na web e digitação de textos.

Um defeito contornável, mas bastante irritante, é o grande número de programas pré-instalados nele. Removê-los é uma tarefa bem chata.

Programas como Skype, Evernote e Office Starter até são úteis, mas o melhor seria deixar o usuário decidir sobre a instalação deles.

Com todas essas falhas e preço sugerido de R$ 4.449, o Aspire S5 é um ultrabook apenas regular. Seu maior problema é que oferece muito pouco pelo que cobra -faltam características que justifiquem o alto valor. Por menos, cerca de R$ 3.600, é possível comprar o Samsung Série 9, um ultrabook que oferece uma tela muito superior e um design mais sofisticado -mas menos poder de processamento.

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