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Site gratuito de ensino de idiomas aposta no Brasil

Duolingo lança curso de inglês para lusófonos e quer que estudantes aprendam enquanto fazem traduções

Com jeitão de rede social, serviço recebeu US$ 15 milhões do mesmo fundo que capitalizou o Twitter

RAFAEL GARCIA
EM WASHINGTON

O Duolingo, site que oferece cursos de línguas gratuitos na internet em troca de mão de obra para traduções coletivas, acaba de fincar o pé no Brasil.

Após atingir a marca de 550 mil usuários, o site lançou a versão beta de um curso de inglês para lusófonos que já conquistou 14 mil alunos. Nos próximos dias, será lançado o curso na mão oposta -português para falantes de inglês-, esperando uma demanda alta para a Copa do Mundo e para a Olimpíada.

O site, que começou em 2011 com uma verba de US$ 482 mil da Fundação Nacional de Ciências dos EUA, ganhou no mês passado uma injeção de US$ 15 milhões de três investidores do setor privado. Entre eles estão a Union Square Ventures, mesma empresa de capital de risco que despejou milhões no Twitter, e o ator Ashton Kutcher.

Segundo Luis Von Ahn, cientista que lidera o projeto, o dinheiro deve ser usado para turbinar o desenvolvimento do site, que até o mês passado vinha sendo produzido por uma equipe de 16 pessoas, em Pittsburgh (EUA). Ele projeta reunir 1 milhão de usuários até o fim do ano.

Nos primeiros meses, o Duolingo funcionou como um portal de cursos, oferecendo atividades para o usuário realizar sozinho. Aos poucos, vem ganhando recursos de rede social.

Alguém que já fala um idioma pode ajudar outra pessoa que está aprendendo, e estudantes que realizam traduções podem palpitar nos trabalhos uns dos outros.

A maioria dos cursos disponível, porém, chega só até o nível intermediário. Estender o programa está nos planos, mas não há previsão. "O que precisamos aprimorar são os recursos para o usuário dialogar com outros falantes", diz Von Ahn. "Assim que tivermos isso, acho que os usuários serão capazes de chegar a um nível avançado."

Neste mês, o serviço de tradução será aberto ao público. Qualquer pessoa que tenha publicado textos com licença Creative Commons poderá tê-los traduzidos gratuitamente. Para conteúdo protegido por direitos autorais será cobrada uma taxa -mas o Duolingo se propõe a oferecer o preço mais baixo.

A ideia é, no longo prazo, fazer com que a empresa se torne um negócio rentável.

Apesar de a gratuidade do curso se basear na troca das aulas por traduções, traduzir não é obrigatório. É possível terminar o curso fazendo apenas as lições e testes.

"Nos pusemos a meta de fazer com que os textos a traduzir sejam bons o suficientes para que as pessoas queiram traduzi-los", diz Von Ahn. Um dos recursos em implantação permite aos usuários escolher textos pelos quais se interessam.

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folha.com/no1168125

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