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Bill Gates surge como empresário atormentado

VITOR MORENO
EM LOS ANGELES

É com um par de óculos que o ator Clemens Schick, 39, se transforma em Bill Gates, 56, na peça "Windows", que se propõe a analisar a trajetória do magnata da tecnologia. Ao colocar o acessório no rosto, surgem os trejeitos desajeitados e a fala acelerada do dono da Microsoft. Ao retirá-lo, volta à cena o ator.
A peça estreou em 2004 na Alemanha, ganhou uma versão em inglês em 2010 e, desde então, é apresentada nos EUA. No mês passado, ficou em cartaz em Los Angeles.
As "janelas" do título em inglês se referem tanto ao sistema operacional mais popular do mundo, criado pela companhia de Gates, quanto ao tipo de olhar que é lançado sobre o empresário.
Como quem espia da janela, os espectadores são levados a um passeio virtual pela mansão de Gates. A produção simples contrasta com a vida luxuosa do bilionário.
No palco, há apenas uma mesa e uma cadeira. Os aparelhos que são acionados com comando de voz na casa são mencionados, mas ficam para a imaginação da plateia.

HOMEM FELIZ?
O espetáculo usa a intimidade de Gates, imaginada pelo autor Mathias Greffrath, para questionar o império que o empresário construiu.
Talvez por isso a pergunta do subtítulo "Devemos imaginar Bill Gates como um homem feliz?" vá se tornando apenas retórica ao longo do espetáculo.
Apesar do tom de comédia de "Windows", o Gates da peça se revela uma pessoa atormentada pelo fantasma de ter que estar sempre pronto para impressionar o mundo.

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