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Facebook muda, mas segue sob críticas
Alterações nas configurações de privacidade são consideradas insuficientes por internautas e entidades
Grupo inglês Privacy International reage com "frustração", enquanto usuários usam a rede social para reclamar
ALEXANDRE ORRICO
DE SÃO PAULO
Mark Zuckerberg, 26, executivo-chefe e fundador do
Facebook, pode ter simplificado o controle das configurações de privacidade da rede, mas as mudanças estão
longe de agradar a todos.
São três as principais alterações, anunciadas no blog
da companhia (blog.facebook.com), na última quarta-feira (veja quadro ao lado): um controle mestre para
que o usuário possa acessar
todas as opções, maior facilidade para desligar aplicações de terceiros e redução
das informações que devem
permanecer públicas.
O grupo inglês Privacy International reagiu com "desapontamento e frustração"
dizendo que "as últimas mudanças meramente corrigem
algumas das mais inaceitáveis configurações de privacidade no site. Muito pouco
mudou nos termos de desafio
global de privacidade que o
Facebook e seus usuários
precisam navegar".
"As pessoas acham que
não nos importamos com sua
privacidade, mas não é verdade. Há um equilíbrio", disse Zuckerberg em entrevista
coletiva no último dia 26, em
Palo Alto, Califórnia.
As mudanças são uma resposta às críticas sofridas nos
últimos meses, principalmente depois da implementação do botão "Curtir".
A funcionalidade permitia
que material externo fosse
publicado diretamente nos
perfis dos usuários, bem como serviços de busca tenham
acesso a essas informações.
Agora, essas opções podem
ser desativadas.
Usuários da rede já encontraram uma maneira de protestar: criaram um grupo
com mais de 2 milhões de
usuários, que clamam por
mudança nos termos de compromisso e também por modificações no layout. Nele estão também dicas de site e
notícias sobre o tema. Acesse
o grupo em tinyurl.com/fbprivacidade.
O Facebook é quase uma
unanimidade. Site mais acessado do planeta, segundo relatório do Google divulgado
na quarta-feira passada, tem
450 milhões de usuários.
Se fosse um país, o Facebook seria o terceiro em tamanho, atrás apenas de China e Índia. Mas a política de
privacidade, calcanhar de
Aquiles da rede, a que tudo
indica, incomodará Zuckerberg por um bom tempo.
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