São Paulo, quarta-feira, 02 de junho de 2010

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Facebook muda, mas segue sob críticas

Alterações nas configurações de privacidade são consideradas insuficientes por internautas e entidades

Grupo inglês Privacy International reage com "frustração", enquanto usuários usam a rede social para reclamar

ALEXANDRE ORRICO
DE SÃO PAULO

Mark Zuckerberg, 26, executivo-chefe e fundador do Facebook, pode ter simplificado o controle das configurações de privacidade da rede, mas as mudanças estão longe de agradar a todos.
São três as principais alterações, anunciadas no blog da companhia (blog.facebook.com), na última quarta-feira (veja quadro ao lado): um controle mestre para que o usuário possa acessar todas as opções, maior facilidade para desligar aplicações de terceiros e redução das informações que devem permanecer públicas.
O grupo inglês Privacy International reagiu com "desapontamento e frustração" dizendo que "as últimas mudanças meramente corrigem algumas das mais inaceitáveis configurações de privacidade no site. Muito pouco mudou nos termos de desafio global de privacidade que o Facebook e seus usuários precisam navegar".
"As pessoas acham que não nos importamos com sua privacidade, mas não é verdade. Há um equilíbrio", disse Zuckerberg em entrevista coletiva no último dia 26, em Palo Alto, Califórnia.
As mudanças são uma resposta às críticas sofridas nos últimos meses, principalmente depois da implementação do botão "Curtir".
A funcionalidade permitia que material externo fosse publicado diretamente nos perfis dos usuários, bem como serviços de busca tenham acesso a essas informações. Agora, essas opções podem ser desativadas.
Usuários da rede já encontraram uma maneira de protestar: criaram um grupo com mais de 2 milhões de usuários, que clamam por mudança nos termos de compromisso e também por modificações no layout. Nele estão também dicas de site e notícias sobre o tema. Acesse o grupo em tinyurl.com/fbprivacidade.
O Facebook é quase uma unanimidade. Site mais acessado do planeta, segundo relatório do Google divulgado na quarta-feira passada, tem 450 milhões de usuários.
Se fosse um país, o Facebook seria o terceiro em tamanho, atrás apenas de China e Índia. Mas a política de privacidade, calcanhar de Aquiles da rede, a que tudo indica, incomodará Zuckerberg por um bom tempo.


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