São Paulo, quarta-feira, 02 de junho de 2010

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Novas redes aproveitam o debate para ocupar espaço

DE SÃO PAULO

"O Facebook existe para controlar você!". A frase é do usuário identificado apenas como Edward, uma das 32 mil pessoas que se comprometeram a deixar o Facebook na última segunda-feira, como parte da iniciativa chamada Quit Facebook Day (quitfacebookday.com; dia de sair do Facebook).
"Francamente, eles podem saber onde vocês estão, seus hábitos alimentares, quando inicia e termina um namoro. Isso é sobre quem controla cada aspecto de nossas vidas", completa.
Mesmo que todas as pessoas comprometidas tenham de fato deixado a rede, elas representam uma parte ínfima do universo de 450 milhões de registrados no Facebook. Números à parte, o debate sobre privacidade, motivo central dos organizadores para promover a debandada, está longe de terminar e vem gerando reações.
Diversas companhias estão tentando aproveitar o momento e oferecer redes mais seguras e que deem mais privacidade ao usuário.
Empresas como OneSocialWeb, Elgg, Crabgrass e Pip.io surgem com propostas diferentes para preencher o espaço vazio na vida dos internautas que deixam o Facebook (veja quadro ao lado).
Além deles, o Diaspora (joindiaspora.com), criado por alunos da New York University, se colocou como um rival no quesito privacidade e conseguiu levantar mais de U$ 180 mil com a premissa.O Appleseed (opensource.appleseedproject.org), iniciativa que já estava enterrada pelo desenvolvedor, também deve voltar à vida nos próximos meses.
Pode parecer uma missão suicida desafiar o site mais acessado do planeta e avaliado em U$ 15 bi, mas a história mostra que os internautas não hesitam em migrar de plataformas.
Foi assim quando milhares de usuários largaram o programa de mensagens instantâneas ICQ para adotar o concorrente MSN messenger, no início dos anos 2000, ou quando o Google lançou o Gmail, abocanhando uma boa parte dos usuários do Hotmail e do Yahoo!. (AO)


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