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Novas redes aproveitam o debate para ocupar espaço
DE SÃO PAULO
"O Facebook existe para
controlar você!". A frase é do
usuário identificado apenas
como Edward, uma das 32
mil pessoas que se comprometeram a deixar o Facebook
na última segunda-feira, como parte da iniciativa chamada Quit Facebook Day
(quitfacebookday.com; dia
de sair do Facebook).
"Francamente, eles podem saber onde vocês estão,
seus hábitos alimentares,
quando inicia e termina um
namoro. Isso é sobre quem
controla cada aspecto de
nossas vidas", completa.
Mesmo que todas as pessoas comprometidas tenham
de fato deixado a rede, elas
representam uma parte ínfima do universo de 450 milhões de registrados no Facebook. Números à parte, o debate sobre privacidade, motivo central dos organizadores
para promover a debandada,
está longe de terminar e vem
gerando reações.
Diversas companhias estão tentando aproveitar o
momento e oferecer redes
mais seguras e que deem
mais privacidade ao usuário.
Empresas como OneSocialWeb, Elgg, Crabgrass e
Pip.io surgem com propostas
diferentes para preencher o
espaço vazio na vida dos internautas que deixam o Facebook (veja quadro ao lado).
Além deles, o Diaspora
(joindiaspora.com), criado
por alunos da New York University, se colocou como um
rival no quesito privacidade e
conseguiu levantar mais de
U$ 180 mil com a premissa.O
Appleseed (opensource.appleseedproject.org), iniciativa que já estava enterrada pelo desenvolvedor, também deve voltar à vida nos
próximos meses.
Pode parecer uma missão
suicida desafiar o site mais
acessado do planeta e avaliado em U$ 15 bi, mas a história
mostra que os internautas
não hesitam em migrar de
plataformas.
Foi assim quando milhares de usuários largaram o
programa de mensagens instantâneas ICQ para adotar o
concorrente MSN messenger, no início dos anos 2000,
ou quando o Google lançou o
Gmail, abocanhando uma
boa parte dos usuários do
Hotmail e do Yahoo!.
(AO)
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