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Google e Wikipédia também têm ataque moralista
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A campanha da Apple
contra qualquer coisa que
lembre pornografia não é a
única entre grandes empresas de tecnologia e sites populares na rede. Google e Wikipédia também entraram na onda pudica.
Há 15 dias, a gigante das
buscas proibiu um site de encontros canadense de incluir
anúncios em uma de suas
plataformas de publicidade.
O motivo? O site não seria
"seguro para as famílias".
O site proibido, CougarLife.com, promove encontros entre mulheres mais velhas que procuram homens
mais novos.
A Folha procurou o Google para falar sobre o assunto, mas sua assessoria no
Brasil informou que a empresa não comenta casos específicos e que, como via de regra, sua política de publicidade on-line não aceita
anúncios associados a sexo.
Já na Wikipédia, foi o próprio Jimmy Wales, um dos
fundadores do site, que decidiu arregaçar as mangas.
No começo de maio, o
FoxNews.com, conhecido
pela sua inclinação conservadora, noticiou que Wales
estava apagando fotos de todos os sites da Wikimedia
Commons, a fundação que
cuida da Wikipédia, que pudessem ser interpretadas como pornográficas.
Ele também teria ordenado outros editores a fazerem
o mesmo.
As ações das empresas,
porém, causaram polêmica.
Com o Google, ela existe
pois outros sites de encontros ainda podem anunciar.
Já Wales enfrentou pressão de editores da Wikipédia, que consideraram suas
atitudes exageradas.
Como resultado, segundo
a Fox News, ele desistiu de
seus poderes absolutos sobre o site, incluindo o de deletar arquivos.
(BRUNO ROMANI)
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