São Paulo, quarta-feira, 02 de junho de 2010

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Google e Wikipédia também têm ataque moralista

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A campanha da Apple contra qualquer coisa que lembre pornografia não é a única entre grandes empresas de tecnologia e sites populares na rede. Google e Wikipédia também entraram na onda pudica.
Há 15 dias, a gigante das buscas proibiu um site de encontros canadense de incluir anúncios em uma de suas plataformas de publicidade. O motivo? O site não seria "seguro para as famílias".
O site proibido, CougarLife.com, promove encontros entre mulheres mais velhas que procuram homens mais novos.
A Folha procurou o Google para falar sobre o assunto, mas sua assessoria no Brasil informou que a empresa não comenta casos específicos e que, como via de regra, sua política de publicidade on-line não aceita anúncios associados a sexo.
Já na Wikipédia, foi o próprio Jimmy Wales, um dos fundadores do site, que decidiu arregaçar as mangas.
No começo de maio, o FoxNews.com, conhecido pela sua inclinação conservadora, noticiou que Wales estava apagando fotos de todos os sites da Wikimedia Commons, a fundação que cuida da Wikipédia, que pudessem ser interpretadas como pornográficas.
Ele também teria ordenado outros editores a fazerem o mesmo.
As ações das empresas, porém, causaram polêmica.
Com o Google, ela existe pois outros sites de encontros ainda podem anunciar.
Já Wales enfrentou pressão de editores da Wikipédia, que consideraram suas atitudes exageradas.
Como resultado, segundo a Fox News, ele desistiu de seus poderes absolutos sobre o site, incluindo o de deletar arquivos. (BRUNO ROMANI)


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