Superfícies sensíveis ao toque possibilitam o surgimento de instrumentos e programas que exploram novos caminhos para produzir música digital

AMANDA DEMETRIO
DE SÃO PAULO

O som que sai dos apertões na prancheta sensível ao toque poderia servir de trilha sonora para um filme de drama, mas o Linnstrument ainda é só um protótipo.
Ao lado de orquestras compostas de iPhones, DJs que trocaram o laptop por um iPad e outras invenções, o instrumento representa uma tendência: a criação de música por meio de superfícies sensíveis ao toque.
O Linnstrument foi apresentado em 15 de maio por seu criador, o designer de produtos eletrônicos musicais Roger Linn, da Califórnia. Ele é feito de uma superfície multitoque que é sensível à pressão dos dedos.
Sobre a prancheta, uma película mostra as notas que são emitidas em cada área do instrumento. O aparelho sente independentemente cada nota, mas reproduz mais de uma ao mesmo tempo.
Já o professor Ge Wang, da Universidade de Stanford, desenvolveu um programa para transformar o iPhone em um instrumento de sopro.
Inspirado em um instrumento semelhante à flauta, ele criou o aplicativo Ocarina (ocarina.smule.com), que permite criar sua música no iPhone assoprando no microfone, fazendo combinações de toques na tela e mudando a posição do telefone.

DJ DO IPAD
Rana Sobhany diz ter sido uma das primeiras na fila de uma loja da Apple em Nova York no lançamento do iPad.
"Tinha acabado de começar a usar os aplicativos de música de iPhone e fiquei inspirada pelas funcionalidades dos programas. Comecei a pensar em maneiras de incorporar o iPad em uma performance ao vivo", disse Sobhany à Folha. Ela ganhou atenção da mídia e foi apelidada de "DJ do iPad".
"Percebi que era possível construir uma seleção de músicas com programas para o iPad. Em cinco dias, consegui juntar a seleção de músicas que estou usando."
Ela prediz: "O iPad vai mudar tudo no jeito como a música é feita e executada."


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