São Paulo, quarta-feira, 03 de novembro de 2010

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Exército Android

Antes restrito a celulares , sistema móvel do Google chega a televisores , tablets e leitores de livros eletrônicos

MARINA LANG
DE SÃO PAULO

Muita gente desdenhava dele -de Steve Jobs a analistas de mercado. Até quando o Google resolveu abrir a caixa de Pandora no meio de outubro e revelar o quanto lucrou, no período de um ano, com o sistema operacional Android: foram US$ 1 bilhão durante os últimos 12 meses.
O resultado além das expectativas é coroado pelos números. Nesta semana, a consultoria Canalys afirmou que o Android passou a Apple e a RIM e se posicionou como o segundo sistema mais popular, com adoção de 17% dos usuários (em primeiro, vem o Symbian, da Nokia, com 37%).
Há cerca de 1,5 milhão de ativações semanais de Android para uma loja com mais de 100 mil aplicativos. São 96 aparelhos compatíveis com o Android em 49 países, por meio de 59 operadoras de telefonia móvel, com mais de 180 mil desenvolvedores que colaboram na construção e no aperfeiçoamento do sistema.
Dois lançamentos importantes relacionados ao Android chegaram recentemente ao Brasil: o tablet Galaxy Tab, da Samsung, e o smartphone Milestone 2, da Motorola -ambos foram testados pela Folha nesta edição.
O Android é um software de código aberto, ou seja, desenvolvedores podem fazer alterações no seu escopo de programação. Essa filosofia de abertura também norteia todos os fundamentos do produto do Google -inclusive na loja virtual de aplicativos, o Android Market, vista como menos restritiva do que a App Store, da Apple.
O Android está na sua versão 2.2, mas ainda há celulares lançados com versões predecessoras, o que recentemente gerou críticas de Steve Jobs, fundador e executivo-chefe da Apple.

"SUPERINFLADO"
O Google não enxerga isso como um entrave, contudo. "O problema de fragmentação é superinflado, na prática, isso não é um problema no desenvolvimento de aplicações", declarou à Folha o brasileiro Hugo Barra, diretor mundial de dispositivos móveis do Google.
A empresa prevê que a unificação das versões do Android ocorra já no primeiro semestre de 2011. "Cabe aos fabricantes a atualização, e isso varia de acordo com o ciclo de desenvolvimento deles, e alguns têm ciclos de desenvolvimento mais lento para se adaptarem. O que nós estamos fazendo é equipar os fabricantes para a atualização", afirma Barra.


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