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Exército Android
Antes restrito a celulares , sistema móvel do Google chega a televisores , tablets e leitores de livros eletrônicos
MARINA LANG
DE SÃO PAULO
Muita gente desdenhava
dele -de Steve Jobs a analistas de mercado. Até quando o
Google resolveu abrir a caixa
de Pandora no meio de outubro e revelar o quanto lucrou,
no período de um ano, com o
sistema operacional Android: foram US$ 1 bilhão durante os últimos 12 meses.
O resultado além das expectativas é coroado pelos
números. Nesta semana, a
consultoria Canalys afirmou
que o Android passou a Apple e a RIM e se posicionou
como o segundo sistema
mais popular, com adoção de
17% dos usuários (em primeiro, vem o Symbian, da Nokia,
com 37%).
Há cerca de 1,5 milhão de
ativações semanais de Android para uma loja com
mais de 100 mil aplicativos.
São 96 aparelhos compatíveis com o Android em 49
países, por meio de 59 operadoras de telefonia móvel,
com mais de 180 mil desenvolvedores que colaboram
na construção e no aperfeiçoamento do sistema.
Dois lançamentos importantes relacionados ao Android chegaram recentemente ao Brasil: o tablet Galaxy
Tab, da Samsung, e o smartphone Milestone 2, da Motorola -ambos foram testados
pela Folha nesta edição.
O Android é um software
de código aberto, ou seja, desenvolvedores podem fazer
alterações no seu escopo de
programação. Essa filosofia
de abertura também norteia
todos os fundamentos do
produto do Google -inclusive na loja virtual de aplicativos, o Android Market, vista
como menos restritiva do que
a App Store, da Apple.
O Android está na sua versão 2.2, mas ainda há celulares lançados com versões
predecessoras, o que recentemente gerou críticas de Steve Jobs, fundador e executivo-chefe da Apple.
"SUPERINFLADO"
O Google não enxerga isso
como um entrave, contudo.
"O problema de fragmentação é superinflado, na prática, isso não é um problema
no desenvolvimento de aplicações", declarou à Folha o
brasileiro Hugo Barra, diretor mundial de dispositivos
móveis do Google.
A empresa prevê que a
unificação das versões do
Android ocorra já no primeiro semestre de 2011. "Cabe
aos fabricantes a atualização, e isso varia de acordo
com o ciclo de desenvolvimento deles, e alguns têm ciclos de desenvolvimento
mais lento para se adaptarem. O que nós estamos fazendo é equipar os fabricantes para a atualização", afirma Barra.
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