São Paulo, quarta-feira, 04 de agosto de 2010

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Hacker acusado de golpe mundial é preso na Eslovênia

DAS AGÊNCIAS

Um hacker suspeito de criar o código malicioso que infectou até 12 milhões de computadores, invadindo bancos e empresas pelo mundo, foi preso na semana passada na Eslovênia.
Um jovem de 23 anos, conhecido como Iserdo, foi detido em Maribor, no noroeste do país, no dia 18, após demorada investigação do FBI e da polícia eslovena, em conjunto com autoridades espanholas.
A prisão acontece cinco meses depois de a polícia espanhola desmantelar um golpe digital gigante, prendendo três dos supostos líderes que operaram a chamada botnet Mariposa, roubando cartões de créditos e senhas para acesso on-line a contas bancárias.
A botnet -uma rede de computadores infectados, controlados remotamente por cibercriminosos- foi criada em dezembro de 2008 e atingiu mais da metade das mil maiores empresas americanas e pelo menos 40 grandes bancos.
Jeffrey Troy, do FBI, disse que a prisão de Iserdo é de grande importância para a investigação.
Ele disse que ela vai tirar o suposto hacker das ruas e impedi-lo de atualizar o código do software malicioso ou retomar o controle dos computadores que ainda estão infectados.
Segundo o FBI, Iserdo não atuava diretamente na invasão dos bancos e empresas, mas sim desenvolvia e vendia os programas que possibilitavam esse ataque. Relatórios na internet sugerem que as taxas cobradas pelo hacker variavam de cerca de US$ 500, para pacotes básicos, até mais de US$ 1.300, para versões avançadas.
"Para usar uma analogia", diz Troy, "em vez de prender o cara que invadiu sua casa, nós prendemos o cara que o entregou o pé-de-cabra, o mapa e as melhores casas da vizinhança. E isso é muito importante na investigação de crimes cibernéticos."


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