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Hacker acusado de golpe mundial é preso na Eslovênia
DAS AGÊNCIAS
Um hacker suspeito de
criar o código malicioso que
infectou até 12 milhões de
computadores, invadindo
bancos e empresas pelo
mundo, foi preso na semana
passada na Eslovênia.
Um jovem de 23 anos, conhecido como Iserdo, foi detido em Maribor, no noroeste
do país, no dia 18, após demorada investigação do FBI
e da polícia eslovena, em
conjunto com autoridades
espanholas.
A prisão acontece cinco
meses depois de a polícia espanhola desmantelar um
golpe digital gigante, prendendo três dos supostos líderes que operaram a chamada
botnet Mariposa, roubando
cartões de créditos e senhas
para acesso on-line a contas
bancárias.
A botnet -uma rede de
computadores infectados,
controlados remotamente
por cibercriminosos- foi
criada em dezembro de 2008
e atingiu mais da metade das
mil maiores empresas americanas e pelo menos 40 grandes bancos.
Jeffrey Troy, do FBI, disse
que a prisão de Iserdo é de
grande importância para a
investigação.
Ele disse que ela vai tirar o
suposto hacker das ruas e impedi-lo de atualizar o código
do software malicioso ou retomar o controle dos computadores que ainda estão infectados.
Segundo o FBI, Iserdo não
atuava diretamente na invasão dos bancos e empresas,
mas sim desenvolvia e vendia os programas que possibilitavam esse ataque. Relatórios na internet sugerem
que as taxas cobradas pelo
hacker variavam de cerca de
US$ 500, para pacotes básicos, até mais de US$ 1.300,
para versões avançadas.
"Para usar uma analogia",
diz Troy, "em vez de prender
o cara que invadiu sua casa,
nós prendemos o cara que o
entregou o pé-de-cabra, o
mapa e as melhores casas da
vizinhança. E isso é muito
importante na investigação
de crimes cibernéticos."
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