São Paulo, quarta-feira, 05 de janeiro de 2011

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Crimes "clássico" e virtual devem se juntar em 2011

Especialista estima ações com os dois tipos de crimes no Brasil neste ano

Ataques também devem crescer em redes como Facebook e Twitter; Orkut vê diminuição de ameaças virtuais


AMANDA DEMETRIO
DE SÃO PAULO

O mercado brasileiro da cibersegurança deve ganhar mais um fator de risco em 2011: o aumento da integração entre os crimes tradicionais e virtuais. As estimativas são de Dmitry Bestuzhev, pesquisador da empresa de segurança Kaspersky.
Em visita a São Paulo, Bestuzhev falou sobre um caso em que cibercriminosos usam ataques virtuais para roubar informações pessoais para, posteriormente, usá-las na falsificação e venda de passaportes. Esse tipo de crime integrado deve crescer e se popularizar em 2011 no Brasil, diz o pesquisador.
O crescimento de redes sociais alternativas ao Orkut no país também deve afetar a escolha dos principais alvos procurados pelos cibercriminosos em seus ataques. "As pessoas estão mudando de redes sociais, então os criminosos também estão mudando", afirma Bestuzhev.
Com isso, prevê o especialista, devem aumentar os ataques a redes como Facebook e Twitter no Brasil.
E esses ataques devem estar cada vez mais agressivos, focados e profissionais. Bestuzhev também prevê um maior espalhamento de botnets "caseiros" pelo país.

LINHA DO TEMPO
Analisando o comportamento dos ataques virtuais em 2010, é possível fazer uma espécie de linha do tempo que mostra alguns padrões de comportamento dos cibercriminosos. Assim, é possível saber quando estar mais atento às ameaças.
A equipe de Bestuzhev desenhou um gráfico baseado na detecção de trojans -programinhas feitos para roubar informações dos usuários- por mês.
É possível ver, por exemplo, uma diminuição das atividades do cibercrime em períodos como as festas de fim de ano e o Carnaval, segundo o gráfico. "Depois desse período, eles começam a produzir mais códigos maliciosos", diz o pesquisador.
O espaço de tempo de maior produção de ameaças é entre junho e agosto. "É um tempo bem importante para o cibercrime, já que alguns deles [os piratas da rede] são estudantes e estão de férias nessa época do ano. Nesses meses, eles têm mais tempo para produzir código", diz Bestuzhev.


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