São Paulo, quarta-feira, 06 de julho de 2011

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OUTRO LADO

'Videogame é discriminado no projeto de lei'

DE SÃO PAULO

O projeto de lei que quer proibir a venda de videogames considerados "ofensivos" discrimina o videogame enquanto mídia, segundo Julio Vieitez, diretor da Level Up!, uma das maiores empresas de videogames no Brasil.
"Os jogos são um produto de entretenimento. Assim como eles, existem TV, música, filmes. Por que um conteúdo seria considerado inadequado e passível de crime dentro de um jogo, mas não em um filme 3D?", questiona.
Vieitez comenta que o mercado de jogos, como qualquer outra operação comercial, já está sob as leis atuais.
"Muitos dos assuntos tratados no projeto de lei, como os que tratam do respeito a raça e religião, a própria Constituição já define se é ou não crime. Então, ele acaba sendo uma repetição", diz.
O diretor da Level Up! conta que já existe uma classificação indicativa dos jogos feita pelo Ministério da Justiça, mas assume que existem falhas. "Por mais que eles tenham feito um esforço bacana de classificação, muitas empresas não respeitam. A venda de jogos é bem regulamentada, o que falta é uma fiscalização maior", diz.
Por meio de seu site (bit.ly/minjustica), o Ministério da Justiça permite que o usuário consulte a classificação indicativa de um jogo eletrônico. Para fazer a pesquisa, basta inserir o título do game em questão.

PIRATARIA
Outro problema do projeto de lei é a eficiência, diante da quantidade de pirataria que existe no mercado, segundo Vieitez.
"A pirataria no mercado de consoles é muito grande, então é estranho que eles queiram proibir a pequena porcentagem de jogos que é realmente legalizada. A grande maioria vai continuar sendo vendida sem nenhum problema", conta.
A falta de detalhamento no que poderia ser considerado ofensivo ou violento é outro problema. "O que também me chama atenção é o que poderia ser considerado 'ofensivo'", diz o diretor. (AD)



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