São Paulo, quarta-feira, 08 de junho de 2011

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Novo Windows se rende aos dispositivos móveis

Sistema operacional tem interface parecida com a do Windows Phone 7

Visual tradicional também está presente, mas críticos acreditam que isso será um problema para o projeto


BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Na semana passada, a Microsoft mostrou ao mundo pela primeira vez a nova cara do seu mais tradicional produto, o Windows. A versão, chamada Windows 8, deixa claro que a empresa se rendeu aos aparelhos móveis.
O sistema operacional tem uma interface fortemente influenciada pelo Windows Phone 7, plataforma dedicada a smartphones. Ela espalha pela tela inicial um mosaico de campos ativos, os chamados azulejos, que guardam os diversos aspectos da experiência com a máquina.
É como se o Windows rodasse aplicativos para celulares e tablets. Otimizada para telas sensíveis ao toque, a parte inicial desliza horizontalmente, onde mais azulejos estão guardados.
Ao tocar em um desses campos, o usuário mergulha neles. É possível, então, ler notícias, ver fotos, conferir o e-mail ou navegar na rede.
No vídeo de apresentação (que você pode ver em folha.com/circuitointegrado), a experiência se mostrou fluida. Não se parece em nada com o Windows que o mundo se acostumou a usar.
Isso é uma resposta da empresa aos críticos que diziam que o sistema operacional não combinava com dispositivos móveis. Até hoje, todas as tentativas de rodar o Windows em tablets haviam fracassado. A HP, por exemplo, decidiu desenvolver produtos com o sistema móvel webOS, da finada Palm.

INEDITISMO
Outras duas coisas chamaram a atenção. É possível dividir a tela em dois aplicativos, algo não visto no mundo dos tablets. E o teclado QWERTY também pode ser dividido, com cada uma das metades localizada nos cantos da tela. É uma solução para quem usa o tablet de pé.
A Microsoft promete instalar o sistema em uma grande variedade de equipamentos, de notebooks a tablets. O ambicioso plano começará a ser implementado a partir do ano que vem, quando a empresa deverá lançar oficialmente o Windows 8 --ainda não existe uma data definida para isso acontecer.
Para aqueles que não se deixam seduzir por plataformas móveis, será possível rodar o Windows 8 em uma interface tradicional, parecida com suas versões anteriores.
Parte da crítica acredita que aí se encontra o ponto fraco do projeto. Ao se agarrar em seu passado de sucesso no mundo dos computadores de mesa, a Microsoft estaria levando aos tablets muita complexidade.
Eles estariam expostos a vulnerabilidades de segurança, à necessidade de instalação de drivers e a aplicativos ineficientes em telas sensíveis ao toque. Claramente, muito do que é usado em PCs não funciona bem em tablets.


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