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Melodrama espacial
Ousado, Metroid: Other M inova a série de aventuras com controles variados e cenas de computação
gráfica no Nintendo Wii
CLAUDIO PRANDONI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Cavernas sombrias para
explorar, alienígenas espreitando em cada canto e uma
bela e corajosa heroína enfrentando tudo isso.
Parece enredo de filme de
ficção científica, mas serve
também para resumir Metroid: Other M, novo episódio
da série da Nintendo que
chegou no fim de agosto exclusivamente para o Wii.
O jogo recicla elementos
de sucesso da franquia, que
nasceu em 1986, no antigo
Nintendinho, mas não deixa
de lado uma boa dose de ousadia e criatividade.
A principal novidade fica
por conta de um enredo elaborado e contado por cenas
em computação gráfica. Muitas dessas animações trazem
detalhes inéditos sobre o
passado da protagonista Samus Aran, que, pela primeira
vez, possui dublagem em um
jogo da série.
Em outro exemplo, os gráficos são tridimensionais,
mas a mecânica lembra
aventuras em 2D -em muitas situações, basta segurar o
controle em uma direção para Samus fazer curvas e
transpor obstáculos.
Além disso, é possível
também, a qualquer momento, apontar o controle do Wii
para o televisor e alternar para a visão em primeira pessoa, o que possibilita explorar detalhes do cenário e usar
armamentos mais potentes,
como mísseis.
Fruto de uma parceria inédita entre a Nintendo e a produtora japonesa Tecmo,
Other M contou com auxílio
do estúdio Team Ninja no desenvolvimento, o mesmo responsável por jogos das séries
Ninja Gaiden e Dead or Alive.
A influência da equipe
aparece nos combates, com
movimentos de esquiva velozes e golpes coreografados.
A mistura de elementos
nos controles e o uso intensivo de animações para contar
um enredo mais sentimental
são passos novos e ousados
para a franquia, mas não funcionam tão bem quanto se
esperaria de um título de primeira linha da Nintendo.
A transição para a perspectiva em primeira pessoa é
lenta e desajeitada, atrapalhando principalmente nos
combates decisivos contra
chefes.
Já o roteiro é piegas e marcado por diálogos fracos e repletos de clichês.
As falhas tiram brilho do
jogo e o impedem de ser o arrasa-quarteirões prometido
pela Nintendo.
Ainda assim, o game carrega todas as características
fundamentais de um título
da série, como diversos ambientes para explorar, vários
poderes diferentes e batalhas
empolgantes.
Certamente não é o melhor
Metroid de todos os tempos,
mas faz um bom trabalho em
honrar o nome que carrega.
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