São Paulo, quarta-feira, 08 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Rede "anti-Facebook" distribui convites

Crítico da falta de privacidade no site de relacionamento mais popular do mundo, Diaspora chega a mil usuários

Iniciativa não deve se tornar pública antes do ano que vem; dizendo achar a ideia "legal", Zuckerberg fez doação


FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

Na corrida para ver quem consegue destronar o Facebook de sua liderança de rede social com 500 milhões de usuários, uma iniciativa vem sendo acompanhada de perto na internet.
Mas não muito de perto, já que o Diaspora ainda está fechado, em fase de testes, funcionando apenas para convidados. Os convites começaram a ser distribuídos no último dia 23 e até agora há somente mil usuários.
"Tudo está indo muito bem", disse à Folha o estudante Yosem Eduardo Companys, que vem atuando como porta-voz do grupo de jovens hackers que resolveram construir o site como uma alternativa à falta de privacidade do Facebook.
"Temos centenas de pessoas na lista de espera para receber convites. Não temos ainda uma data oficial de lançamento, mas não será antes de 2011."
Companys afirmou que muitos desenvolvedores estão ajudando a testar a rede por meio de um grupo de discussão no Google chamado Diaspora-Dev. E também há outro grupo para usuários e fãs discutirem suas propostas em Diaspora-Discuss.
Para criar o Diaspora, quatro estudantes da Universidade de Nova York abriram uma conta em um site de arrecadação de dinheiro para projetos. O objetivo era levantar US$ 10 mil, mas, ao final de pouco mais de um mês, eles conseguiram US$ 200 mil de 6.479 doações.
A rede terá aplicativos como Facebook e Twitter, assim como bate-papo, compartilhamento de fotos e dados, mas eles prometem ainda mais novidades, uma vez que o Diaspora é um produto de código aberto.
Curiosamente, o próprio fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou em entrevista ao site da revista "Wired", em maio, que havia doado dinheiro ao projeto Diaspora, já que gostava do jeito como os garotos queriam mudar o mundo.
Sobre a disputa que o Facebook tem com o Google, já que o primeiro não permite que o usuário passe seus dados para o Gmail, o porta-voz disse que "acreditamos que as pessoas devem ter o direito de poder levar seus dados para onde quiserem, por qualquer aplicativo de internet que o usuário queira".


Texto Anterior: Três tumblrs imperdíveis
Próximo Texto: Frases
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.