São Paulo, quarta-feira, 09 de março de 2011 |
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Feira de tecnologia destaca trabalho e vida na "nuvem" Conheça as novidades mostradas na Cebit, principal evento de informática e telecomunicações do planeta "A tecnologia em nuvem, em última análise, ajuda a dar poder às massas", diz executivo da Microsoft
DIÓGENES MUNIZ ENVIADO ESPECIAL A HANNOVER Tem perfil no Facebook? Guarda fotos e documentos na rede? Usa celular com frequência? Então fique esperto que você é um ciborgue! A tese é da filósofa digital norte-americana Amber Case, 24. Desde janeiro, quando deu uma palestra sobre o efeito das novas ferramentas de comunicação no comportamento humano, Case chamou atenção de internautas do mundo inteiro e conseguiu dezenas de milhares de espectadores. Um façanha, brinca ela, para quem se apresenta como "antropóloga ciborgue". A noção de que a mente pode estar escapando de nossos cérebros por conta do armazenamento, na rede, de emoções e lembranças correu o mundo. Encontrou ecos na Cebit, maior feira de tecnologia do planeta, que terminou no último sábado (5) e recebeu 339 mil visitantes. O lema do evento? "Viver e trabalhar na nuvem". É uma referência à computação em nuvem, tecnologia que permite o armazenamento de dados em servidores geograficamente distantes de quem produziu ou possui as informações. Traduzindo: fotos, vídeos, textos, toda a nossa memória virtualizada. "É um mercado de bilhões de dólares e seus benefícios, como a diminuição dos custos e o aumento da eficiência, são grandes demais para ignorarmos", definiu, em entrevista, o presidente da feira, Ernst Raue. "Informação é poder. A tecnologia em nuvem, em última análise, ajuda a dar poder às massas", afirmou à Folha o presidente da Microsoft Internacional, Jean-Philippe Courtois, que esteve em Hannover. Segundo relatório divulgado em fevereiro pela consultoria Gartner, a computação na nuvem está no topo do ranking de prioridades tecnológicas para empresas em 2011. São estimados investimentos de R$ 13 bilhões nesse setor até o fim do ano. Alcance espetacular para alguns, preocupante para outros. O sistema é mais barato e ocupa menos espaço do que armazenamento próprio. Por outro lado, são Gbytes e mais Gbytes de dados pessoais, profissionais e corporativos estocados em locais que nem sequer sabemos onde ficam. "Ainda há reservas consideráveis em relação à computação em nuvem, sobretudo na área de administração pública", diz Linda Strick, do centro de pesquisas alemão Fraunhofer. Ainda neste ano o Google deve lançar comercialmente um sistema operacional que funciona em nuvem, o Chrome OS. Ele permitirá acessar a área de trabalho de qualquer computador. FOLHA.com Leia análise sobre comportamento na era digital folha.com.br/te885176 Texto Anterior: Clique Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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