São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 2011 |
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Grupos usam tablets como instrumentos terapêuticos Aplicativos estimulam a recuperação de pacientes com problemas motores Jogos como Flick Kick e Labyrinth são usados no setor de terapia ocupacional do Graacc, em São Paulo
LEONARDO LUÍS DE SÃO PAULO Owen Cain, um garoto de Nova York que depende de aparelho respiratório e tem dificuldades motoras graves, não é capaz de manejar um mouse. No ano passado, seus pais descobriram na interface sensível a toque do iPad uma alternativa surpreendente a essa limitação. Um vídeo sobre Owen Cain (nyti.ms/owencain) publicado no site do jornal "The New York Times" foi visto em São Paulo por funcionários do Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer). Desde janeiro deste ano, o instituto usa o iPad como instrumento terapêutico. "Uma criança, por exemplo, que teve câncer no cérebro e perdeu parte dos movimentos de um lado do corpo pode ter esse lado estimulado pelo iPad", diz Walkyria Santos, terapeuta ocupacional do Graacc. Há resultados concretos. O paciente Gustavo Souza, 20 anos, tem forte limitação motora no lado esquerdo do corpo, especialmente na mão. Jogando o Flick Kick, game de chute a gol para iPad, ele passou a usar a mão esquerda com mais frequência. "Com o jogo, foi possível trazer um pouco mais de movimento e, consequentemente, de sensibilidade para essa mão, que antes ficava parada o dia inteiro", afirma Walkyria. "O lado com mais problema foi estimulado por meio da brincadeira." Jogos usados na terapia, como Labyrinth e Flight Control, são escolhidos com base nas necessidades dos pacientes. Levam-se em conta aspectos como a capacidade do jogo de estimular preensão, força e coordenação. Nos EUA, várias escolas que têm crianças com necessidades especiais investem centenas de milhares de dólares em iPads, de acordo com reportagem recente do "USA Today". A reportagem cita o caso de Anthony Leuck, aluno de uma escola para crianças com necessidades especiais em Nova Jersey com dificuldade de fala e pouco controle sobre os músculos. Com o iPad, ele é capaz de tocar acordes musicais em um aplicativo que imita violão. Também em Nova Jersey, a rede pública da cidade de Marlboro passou a usar iPads com alunos autistas. Texto Anterior: Teste USP: Monitor acerta na imagem, mas erra na conectividade Próximo Texto: Tela sensível ao toque favorece pessoas cegas Índice | Comunicar Erros |
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