São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011 |
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REDEMOINHO ALEC DUARTE @alecduarte A INTERNET É FEITA POR GENTE A queda de mais um ditador tendo o povo mobilizado nas ruas como ator principal suscitou outro pacote de análises sobre como a vida conectada e as redes sociais são imprescindíveis para o triunfo de rupturas desta envergadura. Ao mesmo tempo, dezenas de analistas realçam coisas como "se a conexão em rede é mesmo tão poderosa, como explicar movimentos revolucionários e populares que se deram em épocas em que nem sequer havia telefones fixos?", o que não deixa de ser uma importante lembrança. Óbvio que Hosni Mubarak não caiu porque Mark Zuckerberg criou o Facebook -nem a internet inventou o protesto político. Mudanças assim acontecem num país porque a sociedade, num longo processo de maturação que não caberia num tuíte, passou a pensar de forma diferente. Nesse contexto, as redes sociais e sua incontestável capacidade de mobilização e difusão de notícias jogam efetivamente o seu papel. Elas oferecem um ingrediente que catalisa e amplifica os anseios de um povo em ebulição. Têm uma funcionalidade clara: a capacidade de mobilizar mais gente por muito menos (tempo, dinheiro, o que for). Antes de cair, Mubarak resolveu desligar a internet no Egito. Em vão: feita pelas pessoas, a rede só reproduz nossas atitudes. São elas que fazem as revoluções. POST DA SEMANA Qual a lição que aprendemos com o Egito: hastag não muda porra nenhuma. Se querem algo, vão para as ruas @ricardopontes Texto Anterior: Mundo Digital: Notas da semana Próximo Texto: Nerd feliz Índice | Comunicar Erros |
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