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Acesso em zonas rurais ainda é precário
DE SÃO PAULO
Não há casas com acesso à
internet nas áreas rurais e remotas no Níger, na Nicarágua, na Mongólia e na Colômbia. O acesso sobe, mas
não passa dos 5%, em países
como Butão, Armênia, Egito,
Chile e Tailândia.
Os números, referentes
aos anos de 2007 e 2008, foram revelados no final de
maio em um relatório da International Telecommunication Union. O estudo busca
traçar um panorama de como
anda o progresso para a criação de uma sociedade da informação no ano de 2015.
Os dados são preocupantes. "A proporção de famílias
com acesso à internet em
áreas rurais excede os 50%
apenas em economias desenvolvidas, como na Nova Zelândia, em Israel e no Japão",
afirma o estudo.
Uma tendência em crescimento, por outro lado, é o
acesso à internet por meio
dos celulares, fenômeno em
vários países em desenvolvimento e em regiões da África.
"Fornecer banda larga móvel pode ser uma boa solução
para as áreas rurais", aconselha o relatório.
CELULARES
O estudo divulgado pela
ITU mostra a predominância
dos telefones celulares em
áreas remotas e rurais.
O documento informa
que, na maioria dos países
analisados, existem mais famílias com telefones celulares do que com fixos.
Em lugares como Paraguai, El Salvador, Chile, Guatemala e Nicarágua, menos
de 5% dessas famílias têm
uma linha fixa de telefone.
Em países em desenvolvimento da África e da Ásia, a
situação também se confirma, determinando que "a
tecnologia do celular está
sendo crucial na expansão
das redes de comunicação".
O estudo conclui que, no
final de 2008, quase três
quartos dos habitantes de
áreas rurais do mundo tinham suas áreas cobertas
por sinal de celular. São 74%
em termos de população rural mundial, mas existem
discrepâncias. Na África, por
exemplo, a cobertura cai para 52%. Na Europa, a cobertura chega a 98%.
"A possibilidade de cobertura móvel total nessas áreas
em todo o mundo no ano de
2015 deve se tornar uma política a ser explorada", aconselha o estudo, que destaca que
também é preciso investir em
soluções para que os celulares e suas tarifas estejam
acessíveis aos consumidores. "Poucas famílias nas regiões têm assinaturas de serviços de celular."
(AD)
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