São Paulo, quarta-feira, 19 de outubro de 2011 |
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Novas redes querem fiscalizar cidades Sites e ferramentas de interação entre usuários ajudam a resolver questões políticas e sociais de pequena ordem MyFunCity, app recém-criado, permite que o usuário avalie aspectos como policiamento e limpeza do município LEONARDO LUÍS DE SÃO PAULO As redes sociais já ajudaram a incitar revoltas na Primavera Árabe e são peça fundamental do movimento "Ocupe Wall Street", que promove atos no mundo todo contra a crise financeira. Mas têm funcionado também para mobilizações menores, em torno de questões mais pontuais: construir uma ciclovia, por exemplo. Há dois anos, o estudante Luiz Ballas, 16, que participa de bicicletadas, usou o site Cidade Democrática para propor a construção de ciclovias em Jundiaí (SP), onde mora. O deputado estadual Pedro Bigardi (PC do B) encampou a proposta e conseguiu aprovar emenda para financiá-la. Questões do tipo são o filão do Cidade Democrática, site criado em 2009 em que usuários criam e apoiam propostas. As ideias são divididas por municípios, e Jundiaí é a cidade mais ativa. Duas ferramentas na mesma linha, que apostam no engajamento em questões políticas e sociais, foram criadas no Brasil recentemente. O MyFunCity, aplicativo para Facebook, iPhone, iPad e iPod touch lançado neste mês, permite que o usuário faça check-in em locais de sua cidade e avalie aspectos como quantidade de árvores, acessibilidade para deficientes, policiamento e limpeza. Na interface, é possível enxergar um mapa cheio de carinhas representando avaliações feitas por usuários. Por enquanto, em São Paulo e no Rio, a tristeza predomina. Alexandre Sayad, diretor-geral do MyFunCity, diz que o propósito da ferramenta não é ser "um reclamódromo simples e superficial". "Ela gera a possibilidade de levantar também as boas práticas." O MyFunCity quer atingir o exterior: sua versão em inglês deve ser divulgada hoje. QUESTÕES POLÍTICAS O PoliticNote, lançado em julho deste ano, tem interface parecida com a de redes sociais convencionais, mas é voltado especificamente para questões políticas. É possível participar da página de um partido, referendar causas e entrar em contato com políticos cadastrados, como a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP). Um site com proposta mais simples, também voltado à participação política, é o Votenaweb, em que usuários votam em sim ou não (sem poder decisório) sobre projetos do Congresso Nacional. Texto Anterior: FOLHA.com Próximo Texto: Facebook é canal para marchas anticorrupção Índice | Comunicar Erros |
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