São Paulo, quarta-feira, 19 de outubro de 2011 |
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ANÁLISE Lá fora, grupos buscam opções às redes do establishment NELSON DE SÁ ARTICULISTA DA FOLHA O movimento Ocupe Wall Street tem um mês, mas demorou para ser incorporado à cobertura regular nos EUA -e não o foi, de todo. Um de seus líderes diz que ele é "inteiramente ignorado pela mídia". Quando não, os relatos se concentram, por exemplo, na sujeira que fazem na praça Liberty, em Nova York. A saída de início foram sites alternativos como o engajado Adbusters e o próprio OccupyWallStreet. Ou, ainda, o jornal de mobilização "The Occupied Wall Street Journal", em papel mesmo. Mundo afora, como nas dezenas de manifestações do fim de semana, São Paulo e Rio inclusive, outra saída foram redes sociais, Facebook e Twitter principalmente, mas também Meetup, Four-Square, yFrog, Bambuser. Foi assim que declarações de Julian Assange, do WikiLeaks, correram o mundo, a partir do ato em Londres. Mas, como Assange aprendeu antes nos vazamentos do Departamento de Estado, as redes hoje integradas ao establishment não são a plataforma mais confiável quando se trata de política -ou do mercado financeiro. Por exemplo, nada de #occupywallstreet nos "trending topics" do Twitter, mesmo com episódios como a repressão policial na ponte Brooklyn, há duas semanas. Jonathan Albright, pesquisador da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, levantou estatísticas independentes, do Trendistic, que mostravam o assunto à frente de outros, mas, ao contrário deles, sem eco na versão oficial de audiência. "No mundo on-line, é fácil iniciar um movimento", diz Albright, "mas é mais difícil interpretá-lo. Não é só o Twitter, é toda a mídia social 'transparente'. Movimentos futuros que possam ser controversos estarão mais bem servidos erguendo aplicativos de mídia social próprios". O Twitter chegou a se explicar, mas o Ocupe Wall Street já trata de buscar organicamente outros caminhos. E espalhou on-line e em panfletos que a rede social a usar é o Vibe, alternativa recente ao Twitter, com aplicativos para iPad e Android. Porém, "livre e anônima". Texto Anterior: Facebook é canal para marchas anticorrupção Próximo Texto: Google+ tem dificuldade para cativar seus usuários Índice | Comunicar Erros |
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