São Paulo, quarta-feira, 22 de junho de 2011

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ESQUEMA NOVO

HTML5 fortalece aplicativos baseados na web para tablets e smartphones

Joel Silva/Folhapress
Capa de maio de 1964 da 'Playboy', que lançou aplicativo em HTML5 para driblar restrições da Apple

EMERSON KIMURA
DE SÃO PAULO

Ele tem o apoio de gigantes como Apple, Facebook, Google e Microsoft. É usado em versões eletrônicas de veículos importantes como o "New York Times", "Financial Times" e "Playboy". E pode ajudar no fortalecimento da web. É o HTML5.
Ele é a próxima grande versão do HTML, linguagem predominantemente usada na construção de páginas na web. Seus recursos possibilitam a criação de conteúdo para web mais rico e poderoso.
O HTML5 e outras especificações modernas permitem usar a web para, por exemplo, reproduzir áudio e vídeo sem plug-ins (software adicional), armazenar dados para tarefas off-line e usar informações de geolocalização.
Em muitos casos, o HTML5 é uma tentativa de padronizar recursos já bem difundidos na web, possibilitando que diferentes navegadores processem códigos de maneira mais inteligente e semelhante, facilitando o trabalho dos desenvolvedores e gerando uma experiência mais agradável para os usuários.
A atual evidência do HTML5 deve-se, em boa parte, à popularidade das plataformas móveis (smartphones e tablets), cujos aplicativos nativos (desenvolvidos especificamente para cada plataforma) conquistaram usuários e desenvolvedores. Estes, pelo dinheiro. Aqueles, pela boa experiência de uso.
Esse modelo --consolidado pela Apple-- deu tão certo que a "Wired" chegou a estampar em sua capa: "A web está morta". A internet passaria a ser usada predominantemente por meio de aplicativos nativos, não por sites e web apps (aplicativos baseados em tecnologias para web, acessados pelo navegador).
E o que o HTML5 tem a ver com tudo isso? Ele está ajudando a web a se manter viva. E com ajuda, ainda que acidental, da própria Apple.
Suas regras para os aplicativos na App Store levaram "Financial Times" e "Playboy" a lançar web apps em HTML5. O Facebook segue pelo mesmo caminho. Assim, fogem das regras da Apple.
É uma alternativa possível porque o HTML5 permite a criação de web apps poderosos, com experiência de uso cada vez mais próxima da oferecida por aplicativos nativos.
Hoje, os web apps ainda são limitados em relação aos nativos, mas a concorrência deve ficar mais acirrada com a consolidação do HTML5.
Para o HTML5 triunfar, porém, não basta ter ferramentas poderosas --é preciso convencer desenvolvedores a usá-las. Por isso, o Google investe na Chrome Web Store, loja de web apps, e no Chrome OS, sistema centrado em web apps.
Mas o mesmo Google investe forte no Android, sistema centrado em aplicativos nativos. É uma postura emblemática: hoje, os aplicativos nativos são melhores e mais rentáveis; amanhã, com a evolução dos web apps, o cenário pode ser diferente.


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