São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 2011

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Com baixa procura, grupos brasileiros adiam investimentos

COLUNISTA DA FOLHA

Editoras brasileiras investem em e-books em ritmo muito mais lento do que as de mercados como Estados Unidos e Inglaterra.
E apostar em edições vitaminadas para o formato app é algo que adiam ainda mais.
Monteiro Lobato é um dos autores nacionais que mais têm títulos migrados para as tabuletas: são oito, além de cinco adaptações para quadrinhos, que podem ser lidos no iPad. Lançadas há um mês, essas obras já tiveram cerca de 7.300 downloads, segundo a Globo Livros.
Os títulos de Lobato não possuem, porém, recursos interativos. Permitem apenas a leitura no tablet.
Mais experimental será a edição em quadrinhos de "As Grandes Histórias do Menino Maluquinho", de Ziraldo, que a editora anuncia para a Bienal do Rio, no mês que vem. Entre as ferramentas incluídas, há uma que vai permitir a gravação de voz do leitor.
"Ainda é relativamente caro produzir apps, porque a base de tablets no país é pequena", afirma Mauro Palermo, diretor da Globo Livros. "O investimento crescerá na medida em que o número de usuários aumentar", acescenta Palermo.
Editoras de pequeno e médio portes dedicadas ao público infantil têm experimentado mais no formato que as grandes casas.
Pela Peirópolis, por exemplo, saíram dois títulos, "Meu Tio Lobisomem", de Manu Maltês, e "Crésh", de Caco Galhardo. Este ano, estão previstas obras de Angela Lago, Lalau e Laurabeatriz, Chico dos Bonecos e Guazzelli.
A DCL, de grande porte, prevê lançar seu catálogo infantil no mercado de apps apenas no ano que vem. Não será em ritmo acelerado. Serão cerca de três por ano. Em e-book, serão cerca de 30.
O grupo Ediouro diz que só em 2012 deve começar a migrar títulos para o formato. Os projetos para apps previstos para este ano foram adiados porque a equipe do seu braço digital, a Singular, teve de se concentrar em outra área, a de impressão sob demanda. (JA)



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