São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 2011

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Sólido, Xoom ainda depende dos próximos passos do Android

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Após assistir ao iPad reinar sozinho em 2010, os tablets com sistema operacional Android 3.0, do Google, começam a invadir o mercado com dezenas de opções. O primeiro a chegar oficialmente ao Brasil é o Xoom, da Motorola. Anunciado na feira de tecnologia CES no início do ano, o aparelho traz a nova interface do Android e mostra o potencial da plataforma.
Ele, no entanto, ainda não foi completamente explorado. A versão 3.0 do sistema, batizada de Honeycomb, desenhada especificamente para tablets, ainda está em fase embrionária.
Isso se reflete no Android Market, no qual menos de cem aplicativos específicos para a plataforma podem ser encontrados --e a frequência de lançamentos é baixa.
Não há também nenhum tipo de referência dentro da loja que indique quais programas são específicos, o que dificulta e confunde a experiência o usuário.
O destaque, por enquanto, são os aplicativos do próprio Google, como o Maps, o YouTube e o Gmail, além do Body, que recria um corpo humano controlado por toque, relembrando os tempos das aulas de biologia.

NAVEGAR É PRECISO
O desenho do sistema remete ao de um computador comum, com uma barra de status fixa na parte inferior, como no Windows, que exibe horário, aplicativos abertos e dá acesso rápido às configurações. Três ícones fixos fazem o papel dos botões físicos do Android, ausente nos tablets, com comandos de retorno à tela inicial e opção de troca entre os cinco aplicativos abertos recentemente.
Com a ausência de aplicativos específicos, a estrela do Xoom é seu navegador: além de lembrar os programas de desktop, como o Chrome, e abrir até 16 abas, ele é capaz de rodar Flash, um dos diferenciais em relação ao concorrente direto, o iPad. Porém o software da Adobe ainda não roda com fluidez e não está completamente adaptado ao formato touchscreen --além de "sujar" com frequência os sites com o excesso de publicidade.

HARDWARE ROBUSTO
Por fora, o Xoom tem bom acabamento, além de uma câmera frontal de 2 Mpixels e uma traseira de 5 Mpixels, que tira fotos razoáveis, mas superiores às do iPad 2. Robusto, o aparelho tem 730 gramas (129 gramas a mais do que a segunda geração do iPad), peso que chega a incomodar em longas leituras.
A escolha por uma tela em formato widescreen torna a exibição de vídeos mais completa, mas o aplicativo nativo de vídeos não consegue ler uma grande gama de formatos, e mesmo as opções do Android Market não reproduzem as imagens com fluidez, principalmente por problemas de compatibilidade do chipset de vídeo.
Apesar de ter um processador Tegra 2, da Nvidia, de 1 GHz, e 1 Gbyte de RAM --configuração próxima à de um netbook básico--, o Xoom apresenta momentos de lentidão na transição entre telas e aplicativos ou em tarefas mais árduas.
Porém o Google promete corrigir detalhes na versão 3.1 do sistema, já anunciada, mas que ainda não tem está disponível para o tablet da Motorola. Enquanto o Google começa a fazer suas mudanças, resta saber se os desenvolvedores abraçarão a plataforma.
(LEONARDO MARTINS)

FICHA TÉCNICA
XOOM
TELA
10,1 polegadas
RESOLUÇÃO 1.280x800
PROCESSADOR Dual-core 1 GHz
RAM 1 Gbyte
ARMAZENAMENTO 32 Gbytes (há uma entrada não funcional para microSD)
CÂMERAS Frontal (2 Mpixels) e traseira (5 Mpixels)
PESO 730 g
DIMENSÕES 249,1x167,8x12,9 mm
QUANTO R$ 1.899 (versão sem 3G)
AVALIAÇÃO Bom


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