São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 2011

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Assinaturas dão nova esperança às publicações digitais

Queda nas vendas de exemplares avulsos forçou gigantes dos EUA a oferecer a nova modalidade

No Brasil, revistas já oferecem assinaturas desde o ano passado, mas os preços não sofrem grande redução

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ao lado dos tablets desde o lançamento do iPad, jornais e revistas ainda não tiveram o sucesso que imaginavam nessa plataforma. Agora, as publicações apostam nas assinaturas para mudar isso.
O modelo ganhou importância em janeiro deste ano, quando a Audit Bureau of Circulations, instituição que faz auditoria em jornais e revistas dos EUA, constatou uma forte queda nas vendas de exemplares avulsos no país no final do ano passado.
Passada a empolgação causada pela nova plataforma, os leitores perceberam os problemas das publicações para tablets: arquivos grandes demais, qualidade duvidosa dos formatos escolhidos e preço idêntico ao cobrado pelas edições físicas. As publicações digitais ainda não tinham atrativos para substituir os exemplares físicos.
A empolgação e a esperança com as assinaturas é refletida na adoção do modelo por alguns dos gigantes da indústria americana. No começo do mês, Condé Nast e Hearst anunciaram que vão oferecer assinaturas para iPad.
Já a Time Inc., responsável pela "Time", anunciou que os assinantes de exemplares físicos também podem acessar a versão para iPad.
No modelo de assinaturas adotado pela Condé Nast, cada edição de suas revistas custará cerca de US$ 2. O preço da "New Yorker" na banca é de US$ 4,99.

MAIS BARATO
Embora algumas publicações brasileiras importantes tenham aparecido somente neste ano no iPad, parte delas já se aventura na plataforma desde o ano passado, oferecendo até assinaturas.
Mas, no Brasil, não há queda sensível dos preços nessa modalidade de venda. À Folha, Roberto Muylaert , presidente da Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas), disse que cortes profundos no valor das assinaturas é um fenômeno americano que já ocorria nas publicações impressas e que está sendo levado aos tablets.
E quem pode entrar no mercado de assinaturas de revistas no país são as livrarias. Procuradas pela reportagem, as livrarias Saraiva e Cultura dizem estar planejando oferecer o serviço.
"Um modelo parecido com o do Zinio (banca digital com mais de mil títulos digitais do mundo todo) é o que faz mais sentido para a gente", afirmou Marcílio D'Amico Pousada, diretor presidente da Livraria Saraiva.
No Zinio, os descontos com as assinaturas podem chegar a 40%. (BRUNO ROMANI)


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