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Google ataca TV a cabo e mira publicidade
Sistema anunciado na semana passada leva a internet à televisão; ainda não há previsão de chegada ao Brasil
Empresa corteja público de 4 bilhões de pessoas; mercado de publicidade chega a US$ 70 bilhões anuais no mundo todo
DE SÃO PAULO
Anunciado na quinta-feira
passada, o Google TV foi visto como um golpe nos provedores de televisão a cabo e
uma oportunidade bilionária
de lucro com publicidade para a gigante das buscas.
A novidade, apresentada
na conferência de desenvolvedores Google I/O, não tem
previsão de chegada ao Brasil, afirmou à Folha Félix Ximenes, diretor de comunicação e assuntos públicos da
empresa no Brasil.
Com o lançamento, o Google mira um público espectador composto por 4 bilhões
de pessoas, o que faz desse
mercado o maior do mundo,
com publicidade equivalente
a US$ 70 bilhões anuais.
"Nossa publicidade é direcionada e, por isso, podemos
fazer ainda mais anúncios de
televisão relevantes, que devem render muito dinheiro",
afirmou Eric Schmidt, executivo-chefe do Google, à Fox
Business Network.
Grosso modo, o sistema leva comandos da internet à
programação televisiva -por
exemplo, se o usuário faz
uma busca pelo seriado
"House", vai encontrar resultados tanto da televisão (canais Fox e USA) quanto da internet (Fox, Hulu e Amazon).
Usuários também poderão
gravar o conteúdo.
Para Devin Coldewey, do
TechCrunch, o lançamento
do Google obriga os provedores tradicionais de TV a cabo
a inovarem. "Eles têm arrastado os pés por uma década,
adicionando funcionalidade
de internet pedaço por pedaço, mas, agora que o Google
entrou no ringue, precisam
jogar a sério".
O sistema roda Android
2.1, plataforma móvel do
Google, e tem navegador
Chrome e Flash 10.1, complemento multimídia da Adobe.
O Google anunciou que vai liberar ferramentas para desenvolvedores "criarem suas
próprias experiências".
Foram confirmadas as parcerias com Sony (responsável pelo aparelho televisivo),
Intel (processador Atom) e
Logitech (o chamado box do
sistema de TV-internet).
ORIGEM DO CONTEÚDO
"Para os usuários, não importa de onde o conteúdo venha. Eles querem apenas que
seja rápido e conveniente",
disse o gerente de produto do
Google, Rishi Chandra.
A tela inicial apresentada
pelo Google dispõe todo o
conteúdo favorito do usuário, assim como aplicativos
-incluindo parcerias com a
Amazon e com o Netflix.
Houve demonstração de
personalização de conteúdos, a partir do exemplo de
que o filho de Chandra gosta
da série infantil "Sesame
Street" ("Vila Sésamo", na
versão americana). Com o
Google TV, ele pode centrar o
que vai assistir nos personagens favoritos, por intermédio do site oficial do seriado.
Em outro exemplo, um jogo de basquete figura em
uma tela secundária, enquanto o usuário navega pela tabela de resultados do Yahoo! no browser, em primeiro plano.
(MARINA LANG e RAFAEL CAPANEMA)
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