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#PRONTOFALEI
LULI RADFAHRER - folha@luli.com.br
A pequena, grande, nova mídia
BOA PARTE da desinformação que as mídias digitais enfrentam vem de sua apresentação. Como são novas e começam pequenas, muitos demoram para perceber seu alcance. Como o profissional
que começou estagiário e subiu na empresa, mas continua visto como um garoto,
ninguém nega seu potencial,
mas poucos as levam a sério.
O menino digital cresceu,
já são mais de 1,8 bilhão de
pessoas on-line. A multidão
que usa celulares é quase três
vezes maior. É comum ouvir
música nesses aparelhos, e
não se duvida que o rádio, a
TV e os jornais migrarão para
o mesmo canal.
Quem acha que smartphone é coisa de rico deve lembrar que os aparelhos populares hoje são bem mais sofisticados que os de primeira linha há dois anos, e que o ciclo se acelera diariamente.
Já faz tempo que o Google,
porta de entrada da rede, é o
principal canal de mídia do
planeta. Mídia? Mídia, com
abrangência e poder de persuasão inéditos. Todo mundo
adora falar dos belos comerciais de TV, mas quando foi a
última vez que a propaganda
influenciou sua decisão? E o
Google? Pois é.
O Facebook é outro gigante tratado como anão. Com
mais de 350 milhões de usuários, ele já é o terceiro maior
país do mundo. Está apenas
atrás da China, que barra a
sua entrada, e da Índia, cuja
desigualdade social bloqueia
qualquer acesso. Por mais
que existam contas inativas,
tem mais gente ali do que habitantes nos Estados Unidos.
E quem garante que não existem cérebros inativos por lá?
O Skype, que muitos ainda
tratam como coisa de ficção
científica, está a caminho de
se tornar a maior empresa de
telefonia do mundo até o final do ano, passando a China
Mobile e seu meio bilhão de
usuários. O PayPal, camisinha para seu cartão de crédito transacionar com desconhecidos, já está entre os bancos com maior número de
correntistas. E seu volume financeiro cresce a uma taxa
tsunâmica.
Mas, de todos os números,
nenhum é tão impressionante quanto o do YouTube. Em
pouco mais de cinco anos de
existência, ele já alcançou
um acervo de mais de seis séculos. Há mais história nele
do que em nosso país. E ele
cresce a um ritmo de 13 horas
por minuto. As mídias sociais
não são pequenas nem são
tendência. Muito pelo contrário, são uma realidade cada
vez mais comum e presente.
A pior forma de se adaptar a
elas é ignorá-las.
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