São Paulo, quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros FOCO Você e sua conta no Facebook protagonizam filme de terror EMERSON KIMURA DE SÃO PAULO Um filme de terror com cerca de dois minutos de duração tem atraído muitos visitantes ao site Take This Lollipop (pegue este pirulito). O vídeo começa em um ambiente escuro. Dentro de um quarto, um indivíduo sujo e soturno usa um computador. No monitor, uma página do Facebook. O rapaz faz login na rede social. Aí, a surpresa: é a conta do usuário, a sua conta, que aparece na tela. O homem vasculha seu perfil, vê onde você mora e pega um carro para persegui-lo. Para participar do filme, é preciso acessar o site www.takethislollipop.com, clicar no pirulito ou no botão Connect with Facebook e autorizar o acesso à rede social. Muita gente tem feito isso. Desde o dia 17, o Take This Lollipop foi "curtido" mais de 1 milhão de vezes no Facebook e, segundo seu criador Jason Zada, já ultrapassara a marca de 5 milhões de visitas no último fim de semana. "O site parece ser muito popular no Brasil, a julgar pelos tuítes", disse à Folha. Zada, diretor de vídeos comerciais, interativos e musicais que vive na Califórnia, acha que o clima de mistério, "a surpresa de ver você mesmo no vídeo e o nível de autenticidade" do filme colaboraram para a audiência. MEDO NA REDE Além disso, a história mexe com uma preocupação comum entre internautas. "Todos nós temos medo de pessoas fazendo mau uso de informação que compartilhamos" na rede, disse Zada. "Você pode achar quase tudo sobre qualquer um na internet. Nossa privacidade se foi. Isso combinado ao pavor de a pessoa errada ter acesso à sua informação é aflitivo." O instante no filme em que o espectador percebe que ele é o alvo "é um momento incrivelmente perturbador". Mas o que levou Zada a criar o site foi sua paixão pelo Halloween. O pirulito veio de histórias da infância, que diziam para não aceitar doces de estranhos -alguns poderiam até ter giletes dentro. O site deve ficar no ar enquanto as pessoas continuarem a curti-lo, disse o diretor. Texto Anterior: Especialistas divergem sobre riscos do Android Próximo Texto: Empresas priorizam segurança ao vetar uso de redes sociais Índice | Comunicar Erros

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