São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 2011

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Contra todos

Onda de ataques de hackers dos grupos LulzSec e Anonymous contra grandes instituições reacende temor de guerra cibernética

NELSON DE SÁ
ARTICULISTA DA FOLHA

Em 2007, um apagão afetou instalações da Vale. Embora o governo brasileiro negue, o americano afirma que foi resultado de ataque de hackers.
E Richard Clarke, "czar" antiterrorismo dos governos Bush e Clinton, diz que os EUA têm de se preparar para "o que aconteceu no Brasil, onde hackers derrubaram a energia".
O general José Carlos dos Santos, que vai dirigir o CDCiber (Centro de Defesa Cibernética), está lendo "Cyber War" (guerra cibernética), de Clarke.
O livro alerta que, apesar da criação pelos EUA do Comando Cibernético em 2010, um dos modelos para o CDCiber, ele se limita à defesa de redes do governo, deixando sem proteção "o sistema bancário e as redes de transporte e energia".
Embora tenham ocupado manchetes, os ataques do Lulz-Sec e do Anonymous não são a maior preocupação.
Com a descoberta do vírus Stuxnet em 2010, que atingiu o projeto nuclear do Irã e foi creditado a Israel, o risco de guerra cibernética tornou urgentes os projetos de defesa.
Clarke teme ataques chineses. E a China teme os EUA. Suas forças armadas anunciaram que "os militares americanos aceleram a corrida pelo controle militar on-line", exigindo que Pequim "acelere os passos para criar um forte exército de internet".


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