São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 2011

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Caça e caçador

Conheça programas que rastreiam computadores, tablets e celulares e ajudam a recuperá-los em caso de perda ou roubo

ALEXANDRE ORRICO
DE SÃO PAULO

FILIPA SOUSA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se você tem o computador roubado ou perde um celular, que atitude pode tomar para recuperar seu equipamento além de registrar uma ocorrência na polícia?
Existem opções gratuitas e pagas de programas de rastreamento que podem ajudar.
Parece coisa de filme de espionagem: eles tiram fotos com a câmera do dispositivo, capturam imagens da tela, geram relatórios de programas abertos e localizam os dispositivos no Google Maps, se eles estiverem conectados à internet.
Joshua Kaufman, designer de programas morador de Oakland, Califórnia, só recuperou seu MacBook roubado de sua casa por causa de um programa do tipo, o Hidden (hiddenapp.com).
Depois de não obter retorno da polícia local sobre o furto, Kaufman criou o Tumblr thisguyhasmymacbook.tumblr.com, em que postava fotos do suposto ladrão assistindo a vídeos do YouTube e dormindo em frente ao Mac.
Deu certo: o designer conseguiu chamar a atenção da internet e de programas de televisão. No primeiro dia deste mês, a polícia usou o e-mail do taxista Muthanna Aldebashi (obtido em uma das capturas de tela) para agendar uma corrida falsa e efetuar a prisão.
O estudante americano Mark Bao, de 18 anos, recuperou um MacBook Air de maneira parecida. Com um programa chamado BackBlaze (backblaze.com), ele conseguiu descobrir a identidade do ladrão --era um colega de sua faculdade.
Bao descobriu no disco rígido um vídeo do bandido dançando de forma desengonçada a música "Make It Rain", do rapper Tyga.
Antes de entregar todo o material para a polícia, Bao subiu a coreografia do meliante para o site de compartilhamento de vídeos Vimeo.
Outro rapper e fanático por tecnologia, Will.I.Am, vocalista da banda Black Eyed Peas, recuperou mais de US$ 10 mil em joias, itens pessoais e um iPad com auxílio do aplicativo Find My iPhone (bit.ly/findmyiphoneapp), da Apple, instalado no tablet.
A Folha testou o Prey, programa para laptops e desktops com Windows, OS X e Linux.
Leia, abaixo, o relato dos repórteres Alexandre Orrico e Filipa Sousa sobre o teste.

 

Alexandre - De posse de um notebook com o Prey instalado, procurei um ponto com Wi-Fi gratuito. Depois de passar por um restaurante num shopping, me estabeleci num café na região central de São Paulo e comecei a usar o computador normalmente.

 

Filipa - Saí da redação com o painel de controle do Prey ativo num iPad, pronta para iniciar uma caça ao Alexandre (eu não sabia da sua localização). O itinerário foi traçado pelo Google Maps.
Com a ajuda dos relatórios do aplicativo, que eram enviados de dois em dois minutos, eu conseguia ver na tela quando o "suspeito" se movimentava e quando estava parado.

 

Alexandre - O único indício de que havia um monitoramento em curso era a luz da webcam, que acendia de dois em dois minutos para capturar a minha imagem.
Mas não dava para perceber o programa no gerenciador de tarefas, na barra inferior do Windows ou mesmo na lista de processos abertos.

 

Filipa - Ao mesmo tempo em que recebia a indicação da localização do laptop, obtinha a indicação do melhor trajeto a ser feito até ele.
Quando finalmente cheguei ao local onde o nosso "suspeito" estava, atestei que o programa funcionou corretamente.

FOLHA.com
Veja vídeo com o teste do programa Prey, realizado pelos repórteres da Folha
www.folha.com/te935478


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