THAIS ABRAHÃO
free-lance para a Folha

Com os crescentes índices de violência e os altos custos dos serviços de vigilância, os pequenos empresários adotaram a tecnologia para proteger seu patrimônio.
No meio desse salve-se-quem-puder, é cada vez mais comum a instalação de alarmes e a contratação de monitoramento, para vigiar a empresa à distância.
Um kit básico de alarme custa a partir de R$ 400, enquanto os circuitos fechados de televisão, com uma câmera, não saem por menos de R$ 1.000. Já as empresas de monitoramento cobram mensalidades em torno de R$ 60.
"Os softwares fazem tudo sozinhos", explica David Brunstein, 33, sócio da Intersec Tecnologia e Segurança, que instala alarmes e faz monitoramento. "Há sistemas que levam só 17 segundos para detectar a invasão, acionar o alarme, enviar a informação ao computador e contatar a central."
Segundo Brunstein, poucos clientes têm um perfil preventivo. "Muitos esperam ser assaltados para instalar algum dispositivo."
Mas transformar a loja num "quartel general" não garante 100% de segurança. "A eficiência não depende da quantidade, mas da disposição dos equipamentos", explica o empresário. Por isso, antes do orçamento, é melhor pedir um projeto personalizado.

Pesquisa
Depois que a empresa de seu pai foi assaltada, o publicitário Flávio José Ferreira Xavier, 31, resolveu gastar R$ 1.500 em alarmes e oito sensores com infravermelho para a segurança da sua empresa, a Azul Publicidade.
A escolha foi feita após uma pesquisa de preços e equipamentos em três empresas. "Nenhum sistema é infalível", diz Xavier, referindo-se aos assaltos a grandes bancos. "Mas é importante dificultar, pois, se o ladrão vê o dispositivo, procura outra vítima."
Xavier paga R$ 85 mensais pelo monitoramento 24 horas, o que inclui um relatório com o horário e o nome de quem liga e desliga o sistema diariamente e o envio de um carro em caso de disparo do alarme. Até agora, o sistema cumpriu seu objetivo.


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