São Paulo, domingo, 05 de março de 2000



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Bronzeamento artificial


Greg Salibiani/Folha Imagem
A apresentadora de TV Cléo Brandão, que faz bronzeamento artificial na clínica Santé, em São Paulo; setor já conta com 8.000 camas especiais no Brasil



Polêmica sobre danos à pele não retrai setor, que cresce em média 20% ao ano; máquinas custam de US$ 5.000 a US$ 50 mil
CYNTIA FARABOTTI
free-lance para a Folha



Afinal, bronzeamento artificial faz bem ou mal para a pele? Mesmo com tanta discussão em torno do assunto, esse nicho de mercado continua imune à polêmica e já conta com 8.000 camas especiais espalhadas pelo país.
Apesar de ser feito por apenas 0,3% da população brasileira, os importadores e fabricantes de máquina estão confiantes. "É um mercado que cresce cerca de 20% ao ano", analisa Marcelo Nomura, consultor de marketing do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Segundo Nomura, o culto ao corpo e a vaidade mexem com as pessoas e são ótimos filões de investimento. Para o consultor, é importante usar a máquina como um recurso para agregar valores e aumentar a renda de um pequeno negócio (leia texto na pág. 6).
"Além disso, o investidor deve ter em mente que o retorno é a médio e longo prazos, pois as camas de bronzeamento, geralmente, são caras", afirma Nomura.
As máquinas de bronzeamento não guardam muitos segredos. Basta colocar uma ficha e apertar um botão para que as lâmpadas se acendam, a pele comece a ficar bronzeada e o faturamento do pequeno negócio aumente.



Comodato
Uma das empresas pioneiras na importação e revenda de máquinas de bronzeamento no Brasil é a Perfect Shape, que atua no mercado desde 1994. As camas podem ser compradas por preços que variam de US$ 5.000 a US$ 50 mil, dependendo da potência.
Elas também podem ser comercializadas em forma de comodato, no qual proprietário e locatário ficam com 50% do lucro cada. "Em alguns estabelecimentos, a máquina é paga em dois meses", garante Jorge Gribov, 38, diretor da Perfect Shape.
Após a compra ou locação, a empresa exige que o empreendedor faça um curso para aprender técnicas, medidas de segurança e uso dos componentes.
De acordo com Gribov, o custo de uma sessão varia de acordo com a potência das camas. "O preço, em São Paulo, vai de R$ 10 a R$ 30", diz.

Fila de espera
A pequena empresária Vera Lúcia Montanine, 48, proprietária da Veronic Estética e Bronzeamento, já conta com cinco máquinas em seu empreendimento -três próprias e duas em regime de comodato.
Ela diz que no período que antecede o verão há fila de espera para o uso das camas. "Tínhamos uma média de 30 pessoas por dia em cada unidade de bronzeamento."
A proprietária conta que o negócio começou como um instituto de depilação. "Com o tempo, as clientes foram pedindo mais serviços. Hoje, temos uma clínica completa de estética", conta.
O faturamento bruto mensal da clínica, incluindo as camas de bronzeamento, é de aproximadamente R$ 50 mil, com um lucro que varia de R$ 10 mil a R$ 12 mil. Vera conta que as máquinas "se pagaram" em seis meses.
"Com a compra do equipamento, tive de reformar meu negócio e expandi-lo para a casa ao lado." Segundo ela, muitas pessoas se aventuram nesse ramo e acham que irão faturar logo. "É preciso também fazer um bom trabalho e esperar pelo menos um ano para ter retorno", avalia.


Perfect Shape: 0/xx/11/852-7555; Veronic Estética e Bronzeamento: 0/xx/ 11/293-6263




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