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Bronzeamento artificial
Greg Salibiani/Folha Imagem
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A apresentadora de TV Cléo Brandão, que faz bronzeamento artificial na clínica Santé, em São Paulo; setor já conta com 8.000 camas especiais no Brasil |
Polêmica sobre danos à pele não retrai setor, que cresce em média 20% ao ano; máquinas custam de US$ 5.000 a US$ 50 mil
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CYNTIA FARABOTTI
free-lance para a Folha
Afinal, bronzeamento artificial
faz bem ou mal para a pele? Mesmo com tanta discussão em torno
do assunto, esse nicho de mercado continua imune à polêmica e
já conta com 8.000 camas especiais espalhadas pelo país.
Apesar de ser feito por apenas
0,3% da população brasileira, os
importadores e fabricantes de
máquina estão confiantes. "É um
mercado que cresce cerca de 20%
ao ano", analisa Marcelo Nomura, consultor de marketing do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Segundo Nomura, o culto ao
corpo e a vaidade mexem com as
pessoas e são ótimos filões de investimento. Para o consultor, é
importante usar a máquina como
um recurso para agregar valores e
aumentar a renda de um pequeno
negócio (leia texto na pág. 6).
"Além disso, o investidor deve
ter em mente que o retorno é a
médio e longo prazos, pois as camas de bronzeamento, geralmente, são caras", afirma Nomura.
As máquinas de bronzeamento
não guardam muitos segredos.
Basta colocar uma ficha e apertar
um botão para que as lâmpadas se
acendam, a pele comece a ficar
bronzeada e o faturamento do pequeno negócio aumente.
Comodato
Uma das empresas pioneiras na
importação e revenda de máquinas de bronzeamento no Brasil é a
Perfect Shape, que atua no mercado desde 1994. As camas podem
ser compradas por preços que variam de US$ 5.000 a US$ 50 mil,
dependendo da potência.
Elas também podem ser comercializadas em forma de comodato, no qual proprietário e locatário ficam com 50% do lucro cada.
"Em alguns estabelecimentos, a
máquina é paga em dois meses",
garante Jorge Gribov, 38, diretor
da Perfect Shape.
Após a compra ou locação, a
empresa exige que o empreendedor faça um curso para aprender
técnicas, medidas de segurança e
uso dos componentes.
De acordo com Gribov, o custo
de uma sessão varia de acordo
com a potência das camas. "O
preço, em São Paulo, vai de R$ 10
a R$ 30", diz.
Fila de espera
A pequena empresária Vera
Lúcia Montanine, 48, proprietária
da Veronic Estética e Bronzeamento, já conta com cinco máquinas em seu empreendimento
-três próprias e duas em regime
de comodato.
Ela diz que no período que antecede o verão há fila de espera para
o uso das camas. "Tínhamos uma
média de 30 pessoas por dia em
cada unidade de bronzeamento."
A proprietária conta que o negócio começou como um instituto de depilação. "Com o tempo, as
clientes foram pedindo mais serviços. Hoje, temos uma clínica
completa de estética", conta.
O faturamento bruto mensal da
clínica, incluindo as camas de
bronzeamento, é de aproximadamente R$ 50 mil, com um lucro
que varia de R$ 10 mil a R$ 12 mil.
Vera conta que as máquinas "se
pagaram" em seis meses.
"Com a compra do equipamento, tive de reformar meu negócio e
expandi-lo para a casa ao lado."
Segundo ela, muitas pessoas se
aventuram nesse ramo e acham
que irão faturar logo. "É preciso
também fazer um bom trabalho e
esperar pelo menos um ano para
ter retorno", avalia.
Perfect Shape: 0/xx/11/852-7555; Veronic Estética e Bronzeamento: 0/xx/
11/293-6263
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