São Paulo, domingo, 22 de julho de 2001


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Empresa põe funcionário no forró

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Liderança, tomada de decisão e trabalho em equipe. A terminologia, lugar-comum nas companhias, reflete comportamentos corriqueiros durante a dança.
Para bailar, o cavalheiro -conhecedor de 20 passos, por exemplo- precisa tomar uma decisão rápida sobre que sequência irá executar, comunicar a decisão a sua dama e, ao mesmo tempo, respeitar o ritmo da música.
"Comparo isso ao dia-a-dia de uma empresa: é preciso tomar decisões rápidas e saber comunicá-las, respeitando o ritmo da organização", afirma Jaime Arôxa, 40, diretor do Centro de Dança Jaime Arôxa, uma das maiores academias do país, com cerca de 2.000 alunos no Rio e em São Paulo.
De olho nos efeitos positivos da atividade, algumas empresas começam a investir em cursos para seus funcionários. É o que ocorre na Pfizer, que reúne periodicamente cerca de 30 funcionários para aulas gratuitas de forró.
"Eles ganham em integração, convívio familiar [o benefício é extensível às famílias" e saúde", diz Raimundo Getúlio Chaves, gerente de RH da empresa.
Para o profissional de dança, aulas em instituições são mais uma opção de mercado. O próprio Arôxa começou dando aulas fora das academias, no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Segundo os professores, a dança é uma atividade em que o homem ainda toma a frente. O papel da dama seria deixar-se conduzir, seguindo o ritmo do parceiro.
"Trata-se de um machismo saudável. O cavalheiro, além de saber os passos, precisa conduzir a dama pelo salão, evitando choques com outros pares", justifica Marco Antonio Perna, autor do livro "Samba de Gafieira e a Dança de Salão Carioca" e responsável pelo portal www.dancadesalao.com.


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