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Empresa põe funcionário no forró
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Liderança, tomada de decisão e
trabalho em equipe. A terminologia, lugar-comum nas companhias, reflete comportamentos
corriqueiros durante a dança.
Para bailar, o cavalheiro -conhecedor de 20 passos, por exemplo- precisa tomar uma decisão
rápida sobre que sequência irá
executar, comunicar a decisão a
sua dama e, ao mesmo tempo,
respeitar o ritmo da música.
"Comparo isso ao dia-a-dia de
uma empresa: é preciso tomar decisões rápidas e saber comunicá-las, respeitando o ritmo da organização", afirma Jaime Arôxa, 40,
diretor do Centro de Dança Jaime
Arôxa, uma das maiores academias do país, com cerca de 2.000
alunos no Rio e em São Paulo.
De olho nos efeitos positivos da
atividade, algumas empresas começam a investir em cursos para
seus funcionários. É o que ocorre
na Pfizer, que reúne periodicamente cerca de 30 funcionários
para aulas gratuitas de forró.
"Eles ganham em integração,
convívio familiar [o benefício é
extensível às famílias" e saúde",
diz Raimundo Getúlio Chaves,
gerente de RH da empresa.
Para o profissional de dança,
aulas em instituições são mais
uma opção de mercado. O próprio Arôxa começou dando aulas
fora das academias, no BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Segundo os professores, a dança
é uma atividade em que o homem
ainda toma a frente. O papel da
dama seria deixar-se conduzir, seguindo o ritmo do parceiro.
"Trata-se de um machismo saudável. O cavalheiro, além de saber
os passos, precisa conduzir a dama pelo salão, evitando choques
com outros pares", justifica Marco Antonio Perna, autor do livro
"Samba de Gafieira e a Dança de
Salão Carioca" e responsável pelo
portal www.dancadesalao.com.
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