THAIS ABRAHÃO
free-lance para a Folha

A Sodré Santoro vai realizar no dia 29 (sexta-feira) mais um leilão de imóveis de propriedade de várias instituições financeiras.
Entre os 25 lotes predominam imóveis comerciais, industriais, terrenos e até fazendas. Também há uma cobertura dúplex e uma quitinete.
Para arrematar os bens, localizados na capital, litoral, interior de São Paulo e nos Estados de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, não serão estipulados lances iniciais.
"O vendedor pode recusar o negócio, caso o preço mínimo não seja alcançado", explica Luiz Fernando de Abreu Sodré Santoro, 49, responsável pelo leilão.
Segundo ele, os imóveis estão desembaraçados financeiramente. "Não há débitos de nenhuma natureza", afirma.
Porém alguns estão ocupados ou invadidos por posseiros, como um terreno e uma fazenda no Mato Grosso, respectivamente.
Nesse ponto, há um problema futuro: todas as possíveis despesas para desocupar o imóvel ficam por conta do comprador.
Todos os lotes serão vendidosno estado em que se encontram. Por isso, é imprescindível analisar a viabilidade e a finalidade da compra. Para visitar os imóveis, basta contatar o leiloeiro.

Pequeno investidor
Consultores do ramo imobiliário ouvidos pela Folha afirmaram que esse tipo de evento atrai sobretudo pequenos investidores e empresários interessados em abrir sua indústria ou ampliá-la e que participam do leilão após pesquisar os preços no mercado.
"O público tem um perfil que varia em função do local, porte e preço dos imóveis."

Condições de pagamento
Estima-se que os imóveis sejam vendidos por preços 30% menores do que os de mercado.
Há duas formas de pagamento -com sinal de 20%, mais 5% para a comissão do leiloeiro e o restante em 30 dias; com um sinal de 20%, mais comissão de 5% do valor total para o leiloeiro e os 80% restantes pagos em até 48 horas, com a opção de parcelamento em até seis pagamentos mensais, acrescidos de juros anuais que chegam a 12%.