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Mico-leão-dourado, uma das espécies brasileiras ameaçadas de extinção

ROSANGELA DE MOURA
free-lance para a Folha

O WWF (Fundo Mundial para a Natureza, em português) acaba de fechar parceria com a empresa brasileira de licenciamento Alien. O intuito é criar uma linha de produtos com a grife ecológica.
Revelado com exclusividade à Folha, o acordo deverá gerar recursos para projetos de preservação ambiental no Brasil.
O WWF é uma organização não-governamental que tem como funções primordiais conservar a natureza e dar suporte a projetos de preservação.
A ONG, fundada em 61, na Suíça, conta com 4,7 milhões de filiados em todo o mundo.
O Brasil faz parte de uma das 25 organizações da entidade. Por aqui, o início das atividades aconteceu com o projeto Mico-Leão-Dourado, em 71.
Antes do acordo, produtos com a marca -como bonés, camisetas, canetas e chaveiros- eram produzidos e vendidos pela própria organização, basicamente pela Internet.
""Queremos licenciar a marca para poder trabalhar com empresas médias e pequenas, que possam nos ajudar na diversificação da linha de produtos e também na distribuição. A intenção é atingir um público maior", comenta Garo Batmanian, diretor-executivo do WWF no Brasil.
Batmanian afirma que os produtos com a grife têm função dupla: além de arrecadar fundos para os projetos, também serão um veículo de mensagens ambientais.
""As pessoas que comprarem esses itens estarão ajudando a conservar a natureza."
A entidade afirma que todo o dinheiro arrecadado no Brasil será reinvestido nos atuais 33 trabalhos em andamento.
No país, o WWF realiza projetos ecológicos em locais como a mata atlântica, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO), Fernando de Noronha (PE) e Parque Nacional do Jaú (AM).
Segundo Carlos Takeo Tomita, diretor da Alien, o público-alvo será o "consumidor ecológico".
""A preferência é fazer parcerias com empresas que querem ter uma relação mais ampla com seus consumidores, mostrando que eles têm um compromisso social. No caso, ajudar o meio ambiente e o social."
Os royalties (porcentagem sobre o montante das vendas) irão variar de 5% a 12%.
A expectativa é que os principais produtos a serem licenciados sejam do setor de confecção, artigos escolares, papelaria, bichos de pelúcia, editorial e promoções.