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"MADE IN BRAZIL"
Programa coloca micro e pequenos nos EUA
free-lance para a Folha
Tampos de mesa de cipó, sapatos costurados à mão, esculturas
de anjos e frutas de resina. Apesar
das diferenças, esses produtos artesanais têm em comum a origem
e o destino. São fabricados por pequenas empresas brasileiras e exportados a consumidores norte-americanos, em busca de baixos
preços e altas doses de exotismo.
O material embarca para os
mercados dos EUA e Canadá por
meio do Best (Brasil Export Serviços e Tecnologia), programa de
incentivo a pequenas empresas
exportadoras idealizado pelo Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
O programa comercializa produtos brasileiros no exterior por
meio de venda direta, comércio
eletrônico (via Internet) e, a partir
do próximo ano, catálogo.
Concorrência
Na opinião de Regis Appa, gerente de marketing da Vanguard
Marketing Tecnology (empresa
norte-americana responsável pela divulgação e venda), a qualidade do produto brasileiro vai garantir o seu sucesso.
De acordo com ele, a Vanguard
adquire o produto e se compromete a repassar os lucros ao fabricante, imediatamente ou em até
seis meses.
Um percentual de 6%, descontado do valor das exportações, garante a margem de lucro do Best,
dividida igualmente entre a Vanguard e o Sebrae. De acordo com
Appa, o programa deve fechar o
ano com uma movimentação de
cerca de US$ 10 milhões.
"Pretendemos oferecer aos empresários todo suporte para que
ampliem sua participação nas exportações brasileiras", afirma
Fernando Leça, superintendente
do Sebrae-SP.
Além da qualidade e da criatividade do produto, o preço é outro
fator de grande importância para
entrar no competitivo mercado
norte-americano, que importa
produtos de concorrentes como
México, África e China.
Em queda
De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio e
Turismo, as exportações feitas
por micro e pequenas empresas
brasileiras caíram mais de 20%
nos últimos anos. Em 97, o montante chegou a US$ 3 bilhões, ou
seja, cerca de 5% do total exportado pelo país -US$ 53 bilhões.
Segundo o Sebrae-SP, 84% das
pequenas empresas nunca exportaram seus produtos. A maiorparticipação das pequenas empresas no exterior, justifica a entidade, esbarra na falta de financiamento e de informações e na baixa incorporação de tecnologia no
processo produtivo.
www.bestbrasil.com
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