VINÍCIUS PRECIOSO
da Reportagem Local

A escolha do ponto comercial faz parte da estratégia de qualquer negócio, mas o reduzido poder de negociação dos pequenos empreendedores pode comprometer essa decisão.
Para driblar o problema, alguns franqueadores estão negociando os pontos comerciais no lugar dos franqueados.
Esse é o caso da Portobello Shop, franquia do grupo homônimo, especializada na venda de revestimentos cerâmicos, com investimento na faixa dos R$ 200 mil. "Com esse sistema, fica mais fácil controlar a expansão da rede", diz André Nudelman, presidente da Francap, que presta consultoria para a marca.
Tradicionalmente, ao adquirir uma franquia, o empreendedor deve fazer uma lista com os pontos que encontrou para montar o negócio. O franqueador analisa a viabilidade de cada um e escolhe o melhor.

Sublocação
Com a negociação do ponto sendo feita pela marca, aumenta o poder de barganha, e o franqueador pode conseguir um aluguel por um preço menor. "Depois, o dono da franquia subloca o imóvel para o empreendedor, sem cobrar taxa adicional", explica Nudelman.
A Midas, franquia de oficinas mecânicas, adotou um sistema parecido. São procurados investidores interessados em construir um galpão para abrigar a franquia. Depois, essa pessoa aluga para a rede, que subloca para os franqueados.
"Estimo que o investimento na construção varie de R$ 150 mil a R$ 180 mil, num galpão com oito elevadores de carros", calcula Salesio Medeiros, diretor da Wiest, que detém a marca Midas no Brasil.
A rede se compromete a pagar o aluguel por dez anos. O investimento para montar uma loja é de R$ 230 mil, fora o ponto.


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