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História de viagem

A sorte de perder Veneza nas férias

CLÓVIS ROSSI COLUNISTA DA FOLHA

Pela primeira vez em meus 33 anos de Folha, pedi neste ano uma folga, para emendar com um resto de férias, entre janeiro e fevereiro.

Eu e minha mulher adotamos o modelo de alugar apartamento em uma cidade (no caso, Milão) e viajar de trem, bate e volta, sem precisar levar mala, para cidades próximas, como Bolonha e Verona.

No Carnaval, a escala era na imperdível Veneza. Para paulistano estressado com o trânsito infernal, Veneza seria um paraíso mesmo que não tivesse uma única construção nem mesmo a basílica de São Marcos.

Basta não ter carros, o que enche os ouvidos de um silêncio delicioso.

No Carnaval, tanto melhor: é como se você estivesse vivendo "A Rosa Púrpura do Cairo", ou seja, participado de um filme, no caso um filme de época, sem ser notado.

Você não vai ao Carnaval. O Carnaval é que passa por você, dia e noite, na figura de fantasiados, quase todos de nobres.

Perfeito, exceto por um detalhe: a Folha me ligou, exatamente quando caía uma cortina de neve, avisando que o papa tinha renunciado e me convocando para a cobertura, apesar das férias, da folga e de Veneza.

E ainda ouvi de Maria Cristina Frias, editora de "Mercado Aberto", que eu tinha sorte de estar, sem querer, onde as coisas acontecem.


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