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Viva clima em que viviam sultões no palácio Topkapi

Local serviu como residência de poderosos otomanos por cerca de 400 anos

Exposição do tesouro inclui a chamada adaga de Topkapi, de 1741, tronos e joias, como um diamante de 86 quilates

DA ENVIADA A ISTAMBUL

Embora o palácio Dolmabahçe também tenha sido construído durante o Império Otomano, é no palácio Topkapi (www.topkapisarayi.gov.tr), atrás do museu de Santa Sofia, que o visitante experimenta o clima em que viviam os sultões otomanos.

Enquanto o Dolmabahçe foi erguido já no século 19, o Topkapi serviu como residência dos sultões otomanos por cerca de 400 anos. Sua construção teve início em 1459, a mando do sultão Mehmet 2º, o conquistador de Constantinopla, que fez do palácio sua principal residência.

É preciso reservar no mínimo três horas para explorar o complexo do palácio, com pavilhões cercando pátios, a intrincada sucessão de cômodos do harém e várias outras estruturas.

Mas é sua grande coleção de artefatos históricos e relíquias que prende o visitante por horas e traz à tona a grandiosidade do Império Otomano, reunindo tesouros, armas, armaduras, trajes imperiais e importantes relíquias do islamismo.

Para visitar a área do harém (palavra que vem do árabe e significa "proibido"), é preciso comprar uma entrada separada, vendida na porta desse labirinto de salas e corredores decorados com azulejos e vitrais.

Vale a pena pagar o ingresso para ver a fileira de cômodos iluminados por vitrais. Ali viviam as mulheres, concubinas e filhos do sultão, guardados por eunucos.

Em um dos cômodos, uma exposição com bonecas em tamanho real mostra a sultana-mãe, a mulher mais poderosa do harém, e suas atendentes. As acomodações da sultana-mãe e do sultão formam a maior parte -e a mais importante- do harém.

AS BARBAS DO PROFETA

Entre as exposições nos pavilhões do palácio, a mais vistosa é a do tesouro, com armas cravejadas de pedras -a mais famosa é a chamada adaga de Topkapi, de 1741-, tronos e joias impressionantes, como o diamante de 86 quilates no terceiro salão.

No pavilhão do Manto Sagrado, a penumbra e os versos do Corão recitados ao microfone criam um clima de misticismo condizente com as relíquias sagradas ali expostas, que transformaram o local em ponto de peregrinação dos muçulmanos.

Ali estão o manto de Maomé, em uma arca que pode ser vista ao longe, além de espadas, um arco, a marca da pegada, um dente e fios de barba do profeta. As relíquias ligadas a Maomé incluem ainda seu selo e estandarte.

No mesmo pavilhão estão expostos fechaduras, chaves e calhas da Caaba, em Meca, o turbante de José e a espada de Davi, entre outros artefatos religiosos.

Ao sair da penumbra do pavilhão para o agito dos turistas no palácio, a sensação é a de ter sido engolido pela história.

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