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Tratamento de minorias é questão explosiva Direitos dos curdos e genocídio dos armênios causam conflitos no país Neste ano, protestos de curdos, inspirados por revoltas populares da Primavera Árabe, pipocaram no país DE SÃO PAULOA questão das minorias étnicas na Turquia segue um assunto espinhoso, especialmente no que tange o episódio do massacre armênio, que completou 95 anos em abril de 2010, e os direitos dos curdos, que em 2008 representavam 18% da população. A Turquia repele o uso do termo genocídio para classificar a morte de 1,5 milhão de armênios, apesar de reconhecer as deportações de membros da minoria. A maneira como o assunto é abordado por pensadores rendeu uma série de acusações de "denegrir a imagem turca", como ocorreu com os escritores Orhan Pamuk e Elif Shafak, ambos absolvidos. A questão curda envolve o esforço do governo para que a minoria étnica assimilasse a cultura turca nos anos 1930, incluindo a realocação de partes da população. Rebeliões ocorreram periodicamente, e em 1978 foi formado o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, conhecido pela sigla PKK, organização dedicada a criar um Estado curdo independente. Os ataques do PKK e subsequentes repressões do governo turco criaram uma atmosfera pesada no país nos anos 1980 e 1990. A organização é classificada como terrorista pelos governos da Turquia e dos EUA. TEMPOS RECENTES Em 2002, a Turquia legalizou transmissões e educação na língua curda. Neste ano, as revoltas populares da chamada Primavera Árabe estimularam uma série de protestos de curdos contra a restrição de seus direitos pelas autoridades turcas. Em fevereiro, o PKK declarou o fim do cessar-fogo unilateral que adotou em 2010. Os maiores protestos ocorreram nas ruas de Istambul e na região sudoeste do país. A reação do governo causou milhares de prisões, além de feridos e alguns mortos. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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