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Tour pelo sul dos EUA ajuda a entender movimento negro

Atlanta, terra de Martin Luther King, guarda casa do líder, que comandou a Marcha sobre Washington há 50 anos

Bairro de Sweet Auburn, tão visitado quanto a sede da Coca-Cola, conta as origens do movimento em suas ruas e casas

LUCAS FERRAZ EM ATLANTA E MONTGOMERY (EUA)

Milhares de pessoas se reuniram no último sábado para comemorar os 50 anos da Marcha sobre Washington.

Para entender melhor a importância do movimento, um tour pelas cidades de Atlanta, Montgomery e Nova Orleans mostra as origens daquele que foi um dos principais momentos da história dos EUA.

Liderada pelo pastor Martin Luther King, a manifestação pacífica que em 1963 tomou o National Mall, a esplanada de monumentos da capital americana, foi germinada uma década antes nas capitais da Georgia e do Alabama, no sul do país.

As cidades, marcadas por histórias de segregações e violência contra negros desde longínquos episódios da Guerra Civil americana (1861-1865), foram essenciais para o movimento que incendiou os EUA na década de 1960.

Atlanta é a terra natal de Martin Luther King, um dos maiores mitos americanos do século 20. Foi lá, famoso reduto negro, que o jovem pastor iniciou a pregação que mudaria o país.

O bairro de Sweet Auburn, hoje ponto turístico tão vi- sitado quanto a sede da Coca-Cola ou da rede de televisão CNN, conta as origens do movimento em suas ruas, casas, escolas e igrejas. Luther King recebeu toda a sua formação religiosa e humanística no bairro.

Mas foi em Montgomery, capital do Estado vizinho do Alabama, que a atuação do pastor ganhou repercussão nacional ao liderar as marchas contra a prisão da costureira negra Rosa Parks, em dezembro de 1955.

Durante a segregação vigente na maioria dos Estados sulistas na primeira metade do século passado, Parks fora presa por se recusar a ceder seu lugar para um branco em um ônibus.

Seu gesto gerou um boicote contra o sistema de transporte público do Alabama, colocou o assunto na agenda nacional e alçou ao mundo a figura de Martin Luther King.

O desfecho da história iniciada no ônibus em Montgomery se daria em 1964, no ano seguinte à marcha, quando o então presidente Lyndon Johnson assinou a Lei de Direitos Civis, que pôs fim às segregações raciais.


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