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Capital do Alabama passa por revitalização e tenta se reerguer

Rede hoteleira e centro histórico foram renovados; vida noturna ganhou cara mais moderna

Montgomery tem museus que recontam a história dos negros; o dedicado a Rosa Parks é o mais interessante

LUCAS FERRAZ EM MONTGOMERY

Montgomery, capital do Alabama, viveu dias difíceis na última década: comércio em decadência, casas abandonadas e escassos investimentos.

Apesar de ainda conservar sinais desse tempo, a cidade vem tentando se reerguer nos últimos anos para voltar a ser uma das importantes capitais do chamado "velho e profundo" sul americano.

A rede hoteleira foi renovada, os empresários voltaram com os investimentos, e a vida noturna, apesar de discreta, ganhou uma cara mais moderna. O centro histórico tem novas calçadas e pintura fresca nas fachadas. Há novos bares e o porto, na margem do rio Alabama, também foi reformado.

Um dos sinais dos novos tempos é a Alley Station, na Commerce street, que reúne, em velhos prédios remodelados, restaurantes, bares e espaço para eventos.

Todos os empreendimentos pertencem ao mesmo grupo, e uma das casas mais animadas é a Alley Bar (alleybarmontgomery.com), que reúne jovens e tem música ao vivo quase todas as noites.

"Montgomery é uma cidade calma, tem o seu próprio ritmo. É preciso entender essa lógica para gostar daqui", diz a mexicana Carmen Sanchez, que trabalha no Jalapeños, restaurante do grupo Alley dedicado à comida latina.

Cidade que foi sede da primeira capital dos Estados Confederados do Sul durante a Guerra Civil americana (1861-1865), Montgomery e o Estado do Alabama são relevantes também nas manifestações dos negros, por direitos civis, na década de 1960.

Além da capital, Selma, no interior do Estado, foi palco de marchas dos negros liderados por Martin Luther King.

O mais interessante de Montgomery são os pontos históricos espalhados pela cidade (sobretudo no centro) e os museus dedicados ao movimento negro.

O Departamento de Arquivo e História do Alabama, sediado em um imponente prédio a um quarteirão do Capitólio, guarda documentos, armas e roupas utilizadas pelos soldados na Guerra Civil.

Museu imperdível, contudo, é o dedicado à costureira americana negra Rosa Parks (1913-2005), presa por se recusar a ceder seu lugar em um ônibus.

Em parceria com a Universidade de Troy (trojan.troy.edu/community/rosa-parks-museum), o museu (US$ 7,50 a entrada; cerca de R$ 18) narra em pormenores o incidente ocorrido em 1º de dezembro de 1955, o estopim para as marchas que tomaram os Estados Unidos reclamando o fim da segregação.

Numa sala anexa, há um ônibus interativo onde é contada a história dos negros americanos desde os primeiros anos do século 19.

A Casa Branca dos Estados do Sul (firstwhitehouse.org), menor do que a original em Washington e onde funcionou o governo dos confederados no início da Guerra Civil, está bem conservada (não no endereço original) e também pode ser visitada (entrada gratuita).


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