Catamarã é opção para quem não tem enjoos

Com o balanço do barco sobre a água, o passeio que soa tranquilo fica repleto de passageiros mareados.

Em filmes de comédia, nas vezes em que os personagens resolvem entrar em um barco imaginando navegar por águas tranquilas, alguém acaba passando mal.

É exatamente isso o que acontece na viagem de duas horas e meia entre Salvador e Morro de São Paulo em um catamarã. Logo ao entrar, um marinheiro já sugere que fundo do barco há menos balanço, o que diminuiria suas chances de enjoar.

Mas o cheiro de diesel não facilita a viagem. A reportagem resolveu contrariar as estatísticas e ir no "gargarejo".

O truque deu certo, mas foi preciso ser resistente e não virar a cabeça para o lado onde pessoas mareadas circulavam como zumbis. Outra parte do barco dormia sob o efeito de remédios. Existia também uma parcela menor que, logo cedo, já desfilava sem camisa, com o boné para trás e uma cerveja na mão.

Mas aqueles poucos que não estiverem dormindo ou passando mal vão desfrutar de uma bela vista ao chegar a Morro de São Paulo.

Quando o catamarã atraca no porto, carregadores se oferecem para levar sua bagagem. Se suas malas estiverem pesadas, não hesite: a saída do porto é por uma ladeira. É preciso pagar a taxa de preservação da ilha, R$ 10.

Aqueles que tiverem menos espírito aventureiro e mais dinheiro podem optar pelo avião. A viagem do aeroporto de Salvador até lá dura 25 minutos. Neste caso, o difícil é o preço salgado da passagem, R$ 240 cada trecho, contra R$ 75 de catamarã.

Existe também um caminho do meio, só que cheio de paradas. É possível pegar uma balsa de Salvador que atravessa até Itaparica em uma hora. De lá, um traslado leva até a cidade de Valença. Dali, uma lancha ou barco chega até Morro de São Paulo em 45 minutos.