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Vinho fez economia do Porto prosperar

Firmado com os ingleses, o tratado de Methuen deu origem à primeira região vitivinícola demarcada do mundo

Embarcações de turismo dividem o curso do rio Douro com os tradicionais rabelos, barcos típicos da região

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE “TURISMO”

Produzido com uvas que crescem nas parreiras das escarpas do rio Douro, que corta o norte de Portugal de leste a oeste até o Porto, um vinho fortificado (o vinho do Porto) brindou a cidade com a pujança econômica.

Firmado entre lusos e ingleses, o tratado de Methuen, de 1703, foi fundamental para que a produção desse vinho licoroso ganhasse escala mundial.

Tal acordo foi celebrado para que, em troca de obter vantagens na aquisição de tecidos de lã britânicos, Portugal exportasse a produção de vinho do Porto para o Reino Unido em condições igualmente privilegiadas.

Nasceu assim, já em 1756, a primeira região vitivinícola demarcada do mundo.

O PORTO E O TURISMO

Produzido com 48 tipos de uva ­-entre elas, as varietais touriga nacional, touriga franca, tinta cão, tinta barroca e tinta roriz (ou tempranilha)-, tal vinho é fortificado com a adição de aguardente vínica, feita com o mosto.

Esse expediente interrompe a fermentação e o vinho fica estável, ganha paladar delicado e aroma intenso.

Hoje, atrás de marcas como Adriano Ramos Pinto, Quinta de la Rosa, Graham e Sandeman's, estão 40 mil viticultores.

Reza a lenda que, desde o século 15, as naus lusitanas já eram abastecidas com o vinho do Porto, menos suscetível às mudanças climáticas.

Hoje, visitar a região do Peso da Régua, onde é possível fazer uma degustação às cegas de vinhos do Porto e pães diversos, não é um passeio só para enólogos.

A Unesco declarou o rio -que nasce na Espanha, onde tem o nome de Duero- um patrimônio da Humanidade.

Já a delegação do Douro do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) estima em 180 mil pessoas anualmente o número de visitantes que navegaram por esse rio em embarcações turísticas.

Atualmente, cerca de 14 empresas operam passeios de barco na via navegável do Douro, que também é reconhecido nas imagens por barcos bem característicos que carregam imensas barricas de vinho, os chamados rabelos.

A zona produtora das uvas tem início 100 km a oeste da cidade do Porto, mas ao longo de todo o rio a paisagem alterna propriedades rurais bem cuidadas a igrejinhas e prédios históricos, muitos deles historicamente relacionados à produção vinícola.

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